Bolsonaro ataca ensino de filosofia e sociologia

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta feira que o MEC estuda “descentralizar o investimento em faculdades de filosofia e sociologia”. Disse ainda que a ideia é “focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina”.

Na visão do presidente o objetivo seria “respeitar o dinheiro do contribuinte”. Para a APES, a proposta guarda em si o absurdo diário das ações do atual governo com a universidade pública e a educação em geral. “É uma visão preconceituosa, equivocada e obtusa, carregada de ignorância e obscurantismo. Que não considera filosofia e sociologia como cursos estratégicos para formulação do pensamento crítico e para o desenvolvimento do país. Mais um elemento da guerra ideológica que o atual governo trava contra as instituições públicas de ensino, típico de um estado fascista, como se atacasse um inimigo a ser derrotado.”, disse Augusto Cerqueira da Direção da APES.

Filosofia com dinheiro próprio

Na tal na live semanal transmitida na quinta-feira, 25 de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintrab já havia criticado o ensino de Filosofia nas faculdades públicas, dizendo que pretende focar mais a sua atuação à frente do MEC no ensino técnico, que gere renda ao estudante. “Pode estudar Filosofia? Pode. Com dinheiro próprio”, disse. Weintrabm.

Sociedade reage

Reações foram imediatas em todo o país, tomando as redes sociais e provocando notas de repúdio como a divulgada pelo Observatório do Conhecimento, clique aqui para ler. Outra divulgada pela Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (ANPOF) e assinada por uma dúzia de entidades, clique aqui para ler.

ANDES repudia

Em nota, o ANDES-SN repudiou “tais ataques e reafirma seu projeto em favor da educação pública, gratuita, laica e socialmente referenciada”. O Sindicato Nacional afirma que, “para formar indivíduos autônomos, que se apropriam do patrimônio cultural, artístico e científico, historicamente produzido pela humanidade é necessária uma formação humana em que a filosofia, a sociologia e outras ciências estejam presentes. Não existe emancipação humana sem educação pública de qualidade!”, conclui a nota. Clique aqui para  a nota completa.