Mulheres de Juiz de Fora vão às ruas para protestar contra a desigualdade, a opressão e as reformas que prejudicam a classe trabalhadora

Mulheres de diversas categorias ocuparam as ruas de Juiz de fora, no fim da tarde de quinta-feira, 8 de março, na segunda edição da Greve Internacional de Mulheres.  Além das pautas clássicas do movimento – pelo fim da violência contra as mulheres e pela igualdade de salários – o movimento se manifestou contra as reformas da previdência e trabalhista.
A manifestação foi construída pelo 8M de Juiz de Fora, que reúne coletivos feministas de diferentes correntes políticas. A Praça da Estação foi o ponto de encontro das ativistas, e onde aconteceram os discursos (com os microfones destinados exclusivamente às mulheres), as oficinas de bordado e turbante, e a roda de capoeira com o coletivo “De Dandara às Marias”. Em seguida, as mulheres seguiram em marcha até a escadaria do Cine Theatro-Central, onde foram recebidas pelas mulheres do Ingoma. O grupo de tambor mineiro, que levou para o ato uma formação inteiramente feminina, abriu a noite de apresentações poéticas e musicais de mulheres artistas de Juiz de Fora.
A Professora da Faculdade de Educação da UFJF, Lorene Figueiredo, enfatiza a importância das mulheres estarem nas ruas neste dia, principalmente num momento de crise como o atual. Para a professora, o avanço das pautas conservadoras atinge de maneira mais violenta as mulheres, que estão na linha de frente da exploração que estamos vivendo. “Nesse sentido, convocamos as companheiras e os companheiros a somar esforços para superarmos essa conjuntura e para irmos além, construindo uma sociedade que seja justa, igualitária, fraterna e em que as mulheres possam de fato assumir o seu protagonismo”.
O ato político marcou o encerramento de uma séria de atividades promovidas pelos coletivos feministas de entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais, que ocuparam a semana com rodas de conversa, panfletagens e ações relacionadas à saúde da mulher.  Dentro da programação, a medalha Rosa Cabinda foi entregue a 25 mulheres na quarta-feira, 7 de março, na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Como explica Lucimara Reis, do 8MJF, a intenção foi homenagear com uma “contra-medalha, uma medalha marginal, entregue para mulheres que são invisibilizadas na cidade, que constroem socialmente, politicamente e economicamente a vida da cidade e não são reconhecidas”.


Fotos da Manifestação do dia 08 de março em Juiz de Fora

 

 

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