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Consu adia decisão sobre EBSERH

              O Conselho Universitário da UFJF, reunido na tarde de terça feira, 02 de abril, resolveu adiar, após quatro horas de reunião, a decisão da UFJF sobre a adesão ou não à EBSERH. O  Conselho Superior decidiu manter a reunião em aberto e continuar o debate na terça feira que vem no mesmo horário: 16 horas.
              Do lado de fora do prédio, representantes do Comitê em Defesa do HU cobravam, com palavras de ordem, o respeito ao resultado do plebiscito realizado no Hospital Universitário e que rejeitou a adesão à EBSERH por mais de oitenta por cento dos votos.
              Para Ana Cláudia Rodrigues, Assistente Social do Hospital Universitário,  a adesão à EBERH  é prejudicial  para a assistência da população já que, diante da atual crise financeira que não será resolvida pela adesão e a utilização da porta dupla, ou seja, o recebimento de recursos do SUS e dos Planos de Saúde a chance de discriminação dos usuários é grande.  “Além disso,  nós nos preocupamos com a dimensão do ensino, com o acesso desses estudantes do ensino público, que vai ter de dividir espaço com universidades privadas. Nós temos medo da lógica do lucro também, da produtividade, já que a questão é o mercado, nós nos preocupamos que a lógica também vai ser inversa, não pela qualidade, mas pela quantidade”, denuncia.
              Ela alerta ainda para as consequências da  lógica de produção: “que tipo de pesquisa vai ser autorizada, aquelas que são interessantes pro mercado? Que tipo de financiamento a gente vai ter acesso, com pesquisas que as vezes vão tratar de doenças negligenciadas, por exemplo?”.
              A opinião é compartilhada pela residente Olívia Veloso. Para ela a EBSERH deve ser rejeitada já que é uma porta aberta para outras empresas privadas entrarem no hospital. “A Empresa abre precedente para selecionar o público atendido, os usuários não têm permanência no hospital, a lógica é o esvaziamento de leitos, a produção, a mercadoria”, finaliza.

A APESTV fez uma matéria sobre o dia de reunião no Consu e os protestos em prol do respeito ao plebiscito. Clique aqui para ver
 

Confira nota do Comitê em defesa do HU pelo respeito à democracia

              Em 2012 a UFJF anunciou investimentos federais da ordem de R$ 530 milhões. Enquanto isso, o Hospital Universitário está reduzindo seus serviços ficando sob ameaça de interrupção total de suas atividades de atendimento à população de Juiz de Fora e região e de formação acadêmica. Por que é possível a captação de recursos significativos para novos empreendimentos, mas não para a manutenção de uma das principais unidades da UFJF que executa relevante papel social e pedagógico?
              A Administração Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora, que anunciou um corte de recursos por parte do Governo Federal, precisa vir a público explicar a situação em que se encontra o hospital universitário, já que o Orçamento da União pra 2013 prevê R$ 64 milhões para o HU/UFJF.
              A falsa solução da adesão á Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) já foi repudiada pela comunidade acadêmica por um plebiscito com participação de quase mil pessoas em que mais de 80% delas rejeitou esta opção.
              Exigimos que o Reitor Henrique Duque respeite a democracia e o plebiscito realizado, mesmo método de consulta pública que o elegeu duas vezes para seu mandato como dirigente máximo da UFJF, e encaminhe ao Conselho Superior o referendo de seu resultado e os detalhes da situação orçamentária do HU.

APES e SINTUFEJUF / Comitê em Defesa do HU

 

APESJF visitou campus avançado de Governador Valadares

               As professoras Clarice Cassab e Amanda Pinheiro da diretoria da APESJF estiveram, juntamente com o assessor jurídico do sindicato, Leonardo de Castro, no campus avançado de Governador Valadares visitando docentes, apresentando o sindicato e realizando filiações. Muitos professores puderam ainda tirar dúvidas a respeito de questões jurídicas e sobre a nova lei de carreiras. O encontro se realizou no dia 3 de abril no prédio onde funciona o campus. Estiveram presentes 25 docentes dos diferentes cursos.
               Inicialmente foi feita a apresentação do sindicato destacando sua história de luta e seu organograma político. Também foi feito um breve relato e avaliação sobre a última greve e a assinatura do acordo que resultou na nova Lei de Carreira. As docentes falaram também sobre o ANDES-SN, os debates ocorridos no último congresso, os principais pontos do plano de lutas do setor das federais, e as lutas iminentes: carreira, condições de trabalho, lei de greves, EBSERH.
               Os professores puderam fazer suas colocações e levantaram questões relativas ao estágio probatório, à relação com a sede da administração superior, sobre as condições de trabalho nas instalações onde os cursos estão funcionando. Sobre isso se destacou a existência de apenas uma sala para abrigar todos os professores, o desconforto provocado pela passagem do trem próximo ao fundo do prédio, causando trepidamentos, prejudicando não apenas as aulas mas a existência de laboratórios, etc.
               Para a professora Amanda Pinheiro, a visita se mostrou fundamental tanto por uma aproximação do sindicato com os docentes, quanto por uma maior compreensão das dificuldades pelas quais eles passam “Observa-se uma expansão precarizada principalmente pela ausência de uma infraestrutura que garanta ao mesmo tempo condições dignas e autônomas de trabalho, além da falta de novas vagas docentes para atender a demanda dos cursos. Neste sentido, estamos convictos da importância da APES na luta pela qualidade do trabalho de pesquisa, ensino e extensão para os docentes da UFJF e do IF Sudeste MG”, ressaltou.
               A professora Clarice Cassab afirmou que os problemas enfrentados pelos docentes de Governador Valadares somam-se àqueles que compõem as  grandes bandeiras de luta do sindicato: carreira e condições de trabalho. “Por essa razão é que esses docentes se somam à luta da categoria. Além disso, a expansão da universidade para GV também coloca um novo desafio ao sindicato que é pensar-se numa estrutura de multicampi”.
               Ela explica que os temas e pautas levantados pelos docentes serão agora tratados no âmbito da diretoria para que então possam ser determinados os encaminhamentos a serem tomados pelo sindicato.

APESJF realizou audiência com Reitor para discutir pontos que afetam diretamente docentes da UFJF


               A direção da APESJF esteve reunida com o Reitor Henrique Duque na segunda feira, 01 de abril, para tratar de questões gerais referentes à Progressão na carreira do Magistério Federal após a nova lei; a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD);  e  Concursos.
               A APESJF defendeu junto à reitoria que, enquanto não for baixado o ato ministerial que irá dispor sobre as diretrizes de avaliação de desempenho para fins de progressão, que sejam aplicadas aquelas adotadas pela UFJF tanto para o Magistério Superior quanto para a carreira de Ensino Básico Técnico e Tecnológico. Ainda sobre a progressão, foi levantada a questão do sistema de Reconhecimento de Saberes e Competências que tratará da equiparação da Retribuição por Titulação dentro da carreira de EBTT e que ainda necessita de regulamentação. Sobre isso o reitor disse que a questão ainda será tratada pela UFJF.
               Os docentes também levantaram o debate sobre a composição e detalhamento das atribuições da CPPD, agora que ela passa a ser obrigatória em todas as IFE. A APESJF afirmou compreender que essa comissão deve respeitar a dimensão do trabalho docente e a avaliação não deve ser de caráter produtivista.

Concursos

               Sobre os concursos, cujos editais foram cancelados por conta da nova lei, o reitor informou que está sendo estudada a adequação dos editais. Além disso, os docentes solicitaram que se mantivesse um canal aberto e direto entre o sindicato e a Pro Reitoria de Recursos Humanos. Henrique Duque respondeu positivamente e pediu que quando fosse necessária uma audiência com a ProRH que também fosse feita a solicitação de uma reunião conjunta com ele.
                Para a professora Clarice Cassab,  durante a audiência foi possível apresentar as preocupações do sindicato sobre as mudanças trazidas com a nova lei e as possíveis dificuldades que os docentes poderão enfrentar. “Com esta audiência foi iniciado um diálogo com a administração superior no momento inicial da aplicação da nova lei. A  APESJF entende que outras reuniões serão ainda necessárias para que todas as questões relativas aos pontos tratados possam ser sanadas sem prejuízo aos docentes da UFJF”