Sexta é greve geral!

Greve Geral terá manifestação nesta sexta feira, 30 de junho, na Praça da Estação

            Trabalhadores e trabalhadoras, estudantes e população em geral se manifestam nessa sexta feira na Praça da Estação, com concentração marcada para as 9h. O ato vai exigir a saída do presidente golpista e protestar contra a retirada de direitos representada pelas reformas trabalhista e previdenciária e pela farra das terceirizações. Manifestações estão marcadas em todo o país na GREVE GERAL marcada pelas Centrais Sindicais.

 

CONSU/UFJF apoia Greve Geral 

            O Conselho Universitário da UFJF, reunido na terça-feira, 27 de junho, aprovou por unanimidade nota de apoio à Greve Geral do dia 30 de junho. Acompanhe o texto

“Uma vez mais, a juventude e as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros se mobilizam no enfrentamento às contrarreformas trabalhista e previdenciária e à terceirização, num movimento legítimo a favor da manutenção de direitos historicamente conquistados.

Considerando a gravíssima crise política e econômica em que o país se encontra, como já afirmada pela análise de conjuntura expressa na nota emitida pela Reitoria no dia 2 de junho deste ano, o Conselho Superior manifesta seu apoio à greve geral do próximo dia 30, construída na instituição por docentes, discentes, técnicas e técnicos administrativos em educação e trabalhadoras e trabalhadores terceirizados.”

 

 

APES colabora com Campanha de doação para MST

 

 

Reforma trabalhista é aprovada na CCJ e vai ao Plenário com pedido de urgência

            Luta para barrar a contrarreforma Trabalhista está na pauta da Greve Geral desta sexta (30)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nessa quarta-feira (28) o projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017). Foram 16 votos a favor e 9 contra o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Houve uma abstenção. A CCJ aprovou ainda um requerimento de urgência para a votação da matéria no Plenário do Senado.

A sessão durou quase 14 horas. A oposição apresentou um requerimento para tentar adiar a decisão para o dia 5 de julho, mas a comissão rejeitou o pedido. A CCJ também derrubou três destaques, que pretendiam retirar, do texto principal, artigos sobre trabalho intermitente; afastamento de gestantes e lactantes de locais insalubres; e a prevalência do negociado sobre o legislado.

Alguns senadores apresentaram votos em separado, indicando a rejeição da matéria e criticando itens centrais, como ampliação irrestrita da terceirização, jornada intermitente, flexibilização da jornada de trabalho, desvirtuamento de verbas salariais, prevalência do negociado sobre o legislado, fragilização do direito à representação por local de trabalho, restrição no acesso à Justiça do Trabalho, entre outros.

O texto do senador Jucá, favorável ao projeto, rejeitou todas as mais de 200 emendas que foram apresentadas nas comissões em que a contrarreforma trabalhista tramitou. Dessa forma, o texto segue para o Plenário, conforme foi aprovado na Câmara dos Deputados, o que deve acelerar a tramitação da reforma. Caso seja aprovado no Senado sem alterações, o PLC 38/2017 seguirá para sanção presidencial.

Clique aqui para ler matéria completa no site do ANDES

 

 

DEU NO TRAVESSIA

Acompanhe artigo do professor Paulo Roberto Figueira Leal, Professor da Faculdade de Comunicação da UFJF, doutor em Ciência Política, publicado no TRAVESSIA 95

   

Democratizar a comunicação para democratizar a sociedade

  • Paulo Roberto Figueira Leal, professor da Faculdade de Comunicação da UFJF, doutor em Ciência Política

Mais de 98% dos lares brasileiros têm acesso ao sinal das TVs abertas. Somando-se o alcance deste meio ao dos demais (impressos, rádio, TV paga, internet), é lícito argumentar que quase a totalidade da população de nosso país recebe em algum momento – direta ou indiretamente – informações e conteúdos mediados por essas tecnologias de comunicação.
Para milhões de brasileiros das camadas populares, com escassos recursos em seus orçamentos familiares, por vezes a única fonte de lazer disponível e a única fonte de notícias possível são aquelas oferecidas pelas emissoras de TV aberta e de rádio.
Um fenômeno com essa escala não é, nem pode ser, objeto de interesse exclusivo de profissionais e de pesquisadores do campo da comunicação social. Interessa à sociedade discutir os efeitos culturais, políticos e econômicos daquilo que se pode identificar como um bios midiático a vertebrar a vida cotidiana contemporânea.
O foco de atenção deve ser ainda maior para aqueles setores da mídia que constituem concessões públicas – ou seja, áreas que, por definição constitucional, pertencem à sociedade e que, por intermédio do Estado, têm suas operações concedidas por determinado período a organizações privadas. Quem são os concessionários desse serviço público? Como operam e o que oferecem aos ouvintes e telespectadores?
A resposta, infelizmente, aponta para um grave problema. O sistema comunicacional brasileiro é altamente concentrado em pouquíssimas empresas controladas por pouquíssimas famílias, que são proprietárias de praticamente todos os veículos de comunicação de alcance nacional (e o fenômeno da concentração se repete nos níveis regional, estadual e local).
E o pior: essas organizações vocalizam praticamente em uníssono a mesma visão de mundo – que poderíamos posicionar à direita do espectro ideológico, com todas as consequências políticas e econômicas daí decorrentes.
É óbvio que o sistema está desequilibrado: posições ideológicas situadas mais à esquerda, antagônicas a essas de viés conservador, simplesmente não encontram espaço de vocalização pelos meios de comunicação de maior alcance (que, reitere-se, são concessões públicas e, portanto, pertencem a toda a sociedade, e não apenas a uma parte dela).
Ao longo das décadas, são numerosos os exemplos de interferência dessas empresas em processos eleitorais, em coberturas enviesadas que apresentam como verdade indiscutível o que é apenas uma das versões possíveis, em escolhas editoriais que negam o direito à fala e à visibilidade a todos os segmentos sociais que discordam das visões hegemônicas.
Isso produz um grave déficit democrático. A assimetria de acesso às concessões públicas de radiodifusão, com claros mecanismos de exclusão de setores imensos da sociedade impedidos de expor suas opiniões, cria um problema estrutural para a existência de um verdadeiro debate público no país. Não há debate de fato quando só um lado tem o direito de expor suas perspectivas em arenas como TVs e rádios.
Em 2018, quando se espera que o país reencontre nas urnas o curso democrático interrompido com o golpe parlamentar de 2016, é indispensável que o tema da democratização da mídia volte a ser discutido. O preço de não o fazermos é o de permanecermos vulneráveis a novos golpes (de todos os tipos) contra a própria democracia.

Leia outros artigos e matérias em – http://www.apesjf.org.br/comunicacao/travessia

 

Em função da GREVE GERAL, a APES informa que paralisa nesta sexta feira e retoma suas atividades normais na segunda feira, 03 de junho.