APES  alerta para cenário de luta que se apresenta com novo governo

Com a retirada de poder da Funai e o viés hostil do novo governo à proteção das minorias,  o poder de quem pretende tomar de vez as terras e reservas indígenas cresce. Na quinta feira, 03 de janeiro madeireiros-grileiros invadiram a terra indígena Arara, localizada nos municípios de Uruará e Medicilândia, no Pará. Ao mesmo tempo, o deputado Rodrigo Amorim (PSL), do Rio de Janeiro, classificou de “lixo urbano” a Aldeia Maracanã, historicamente situada às proximidades do Estádio de Futebol, que leva o mesmo nome, prenunciando mais um desastre contra minorias logo no início do novo governo.

A nova configuração tem gerado preocupações e protestos a princípio dentro das redes sociais que percebem o clima de guerra que se instala, ameaçando as reservas.  “O esvaziamento da FUNAI, que perdeu o poder de demarcar terras no país, e a transferência desse poder para o Ministério da Agricultura traçam uma radiografia inicial do que vem por aí. Nós temos que nos preparar para os ataques a trabalhadores e minorias como nunca se viu no país”, disse Augusto Cerqueira da direção da APES.