APES participa da Marcha da Consciência Negra em Juiz de Fora

Neste sábado, 20 de novembro, a APES esteve presente na 50ª Marcha da Consciência Negra, organizada de maneira unificada por 8 movimentos de Juiz de Fora, com apoio de diversas outras entidades. 

À frente da Marcha estavam: Movimento Negro Unificado, União de Negros pela Igualdade (Unegro-JF), Pretxs em Movimento, Coletivo Negro Resistência Viva, Movimento Nacional Quilombo, Raça e Classe, Associação Lixarte e Comitê Fora Bolsonaro de Juiz de Fora. “ O ato teve início na Praça da Estação e, de lá, os e as participantes seguiram em caminhada pelas ruas do centro da cidade, até o Parque Halfeld.

A principal bandeira da marcha foi o Fora Bolsonaro, com faixas e falas que enfatizaram o racismo e o genocídio do povo preto ampliados pelo atual governo. O aumento da violência, da fome, do desemprego e o ataque às políticas de cotas foram alguns dos pontos tematizados. 

Também houve manifestações pela aprovação do projeto de Lei 158, que é debatido atualmente na Câmara Municipal e visa aprovar a reserva de vagas para negros e negras nos concursos públicos em Juiz de Fora por meio de cotas raciais. 

Da Serrinha para o mundo

Também no dia 20, o coletivo Pretxs em Movimento realizou, com apoio da APES e outras entidades, um evento híbrido (presencial para comunidade e online para o mundo) no Bairro Dom Bosco, celebrando a resistência do povo preto. O evento, com participação reduzida, teve roda de samba, feijoada, discotecagem, apresentações de dança e teatro e exibição de um vídeo com performance do grupo As Ruths. Também foi transmitida uma live com o pesquisador Bruno Lima com o tema: “Luís Gama, memória, consciência negra e luta coletiva”.

Campanha da Consciência Negra

APES e Sintufejuf realizam também uma campanha. Além dos materiais digitais em nossas redes sociais, foram publicadas três entrevistas especiais com líderes do movimento negro. Confira:

Entrevista com Paulo Azarias, coordenador do Movimento Negro Unificado em Juiz de Fora. Foram temas da conversa o racismo religioso, a união dos movimentos sociais, a unificação de bandeiras e o uso correto da linguagem como forma de combater o racismo.

Entrevista com Bruna Rocha ativista travesti negra e especialista em Gênero e Sexualidades pela UFJF. Durante o diálogo Bruna falou sobre preconceito, transfobia, a importância do Dia da Consciência Negra e da luta por direitos, trabalho e cidadania.

Entrevista com Andressa Carvalho , integrante do coletivo Vozes da Rua e poeta marginal. Andressa falou sobre o cenário artístico para pessoas pretas, sobre o machismo que existe e também sobre como esse cenário pode, e vem mudando. 

Confira algumas imagens da 50ª Marcha da Consciência Negra em Juiz de Fora:

Fotos: Augusto Cerqueira