Baixa adesão ao Funpresp é resultado da luta por previdência pública

O governo federal divulgou dados sobre a adesão de Servidores Públicos Federais do poder executivo ao Funpresp, fundo de pensão criado em 2012, que apontam enorme rejeição dos trabalhadores ao regime privado de previdência. Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), de 200 mil servidores que poderiam ter aderido, apenas 5 mil  optaram por migrar para o Funpresp, 5% do esperado pelo governo.

APES  ressalta rejeição à retirada de direitos

Para o Rubens Luiz Rodrigues, da Direção da APES, os números confirmam análise do ANDES e mostram a rejeição à privatização da previdência dos Servidores Públicos Federais, propagandeada pelo governo como um meio de remediar a perda de seus direitos. “Além disso, estamos convencidos de que os fundos de pensão atuam como verdadeiras empresas financeiras, arriscando as contribuições dos servidores no mercado volátil de capitais”, disse.

O ANDES-SN tem combatido o Funpresp desde que a privatização da previdência dos servidores começou a ser debatida no Congresso Nacional, no início da década. O Sindicato Nacional editou cartilhas e realizou campanhas contra a criação do Funpresp e, posteriormente, contra a adesão dos docentes ao fundo de pensão, ressaltando sempre a defesa da previdência pública e por repartição.

Em 2013 o governo chegou a procurar o ANDES-SN após a baixa adesão da categoria ao Funpresp. À época apenas 7% dos docentes haviam aderido. Desde então, o governo federal tem utilizado táticas controversas, assediando servidores para aderirem ao Funpresp, como a adesão automática dos servidores recém-ingressados no serviço público e até condicionar o acesso ao contracheque à leitura de um informe do fundo de pensão.