Comando Local de Greve dos TAEs se reúne com reitoria da UFJF

Comando Local de Greve negocia pauta de greve com reitoria da UFJF (Foto Sintufejuf)

Técnico-administrativos aprovaram também pauta local do IF Sudeste MG

Nesta quarta-feira, 30 de março, o Comando Local de Greve do Sintufejuf se reuniu com o reitor da UFJF Marcus David, a vice-reitora Girlene Silva e outros membros da reitoria para negociação da pauta local de greve dos TAE’s da UFJF, aprovada na assembleia de deflagração. Os pontos de pauta levados para a reunião foram:

1 – Não integração do ponto eletrônico ao sistema do Ministério da Economia. Manutenção do sistema próprio da UFJF.

2 – Manter sistema de ponto desligado durante a greve.

3 – Manter os recessos registrados no ponto, como antes do desligamento do sistema.

4 – Manutenção das aposentadorias na UFJF, sem repassá-las para o INSS.

5 – Retomada plena do transporte de funcionários.

6 – Garantia das folgas do Hospital Universitário, definidas nos feriados e recessos. 

7 – Criação de referência dos trabalhadores TAEs do HU responsável por acompanhar as condições de trabalho.

Segundo Flávio Sereno, coordenador do Sintufejuf, o Comando Local de Greve defendeu, na reunião, que o movimento da comunidade acadêmica em luta coletiva, seja sindical ou estudantil, é parte importante da defesa da educação pública e das instituições federais de ensino. “O governo tenta  interferir na mobilização, entre outras coisas” tentando criar mecanismos que atacam o direito de greve. Por isso, nossa reivindicação de não integração do ponto eletrônico ao sistema do Ministério da Economia, como quer o governo, e de deixar o ponto desligado durante a greve. É preciso que os reitores, eleitos pelas comunidades acadêmicas, participem da defesa do serviço público, não contribuindo com estes mecanismos antigreve do governo”.

Na avaliação dos trabalhadores e trabalhadoras que participaram da reunião, houve pouco avanço em relação à pauta local.

Segundo Flávio Sereno, o reitor Marcus David manifestou verbalmente seu respeito à greve dos TAE e reconheceu a justiça da pauta por reajuste salarial, uma vez que tem cinco anos que os trabalhadores do serviço público estão sem reajuste, sem qualquer recomposição salarial. 

“Porém, foi uma negociação difícil, que andou muito pouco. Dos nossos pontos de pauta, o único com o qual a reitoria se comprometeu foi com o retorno pleno das atividades de transporte de funcionários após a greve. Os outros temas, o reitor alegou dispositivos e normativas governamentais que foram criadas pelo governo para tentar inibir a luta e organização coletiva dos trabalhadores. E nós insistimos que a defesa da universidade pública, da educação pública, do serviço público como um todo, passa pela resistência a esses dispositivos, em que a defesa da universidade, dos investimentos públicos em educação e dos princípios democráticos das instituições passa também pela organização dos trabalhadores. Portanto, é papel dos gestores dessas instituições, que são gestores eleitos, representantes da comunidade junto ao governo, e não o contrário, participarem não só respeitando o movimento e seus pronunciamentos, mas também não replicando dispositivos que o governo cria para inibir a luta dos trabalhadores. O reitor então se comprometeu a analisar possíveis saídas e responder até sexta-feira”, informou Flávio à APES.

If Sudeste MG 

Em reunião realizada na última quinta-feira, 24 de março, as trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos do IF Sudeste MG, (Campus Juiz de Fora e reitoria) definiram as pautas locais que serão apresentadas ao reitor André Diniz. Leia mais. 

Confira a pauta local aprovada pela categoria:

1- Apoio à greve nacional. 

2- Não ao corte de ponto.

3- Compromisso de realização do acordo com reposição das atividades.

4- Apoio à implementação do Programa de Gestão (teletrabalho), permitindo outra forma de controle até a implantação do sistema.

5- Continuidade do retorno escalonado a partir de abril.

6-Solicitar um retorno sobre o funcionamento das comissões de assessoramento dos processos de flexibilização.