Cortes irão precarizar ainda mais o funcionamento da UFJF

Nesta terça-feira, durante a reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, a Administração Superior prestou informes sobre o montante dos cortes orçamentários. Segundo o relato, na sexta-feira, dia 24 de junho, efetivaram-se os cortes de 7% do orçamento das Instituições Federais de Ensino. Na UFJF, isso significou uma redução de R$15 milhões de reais.  

As dificuldades se acumulam, já que a instituição já está trabalhando com R$8 milhões de déficit para 2022, devido ao rebaixamento do orçamento das IFEs ao longo dos últimos anos. Com esses novos ataques, deve-se trabalhar com um déficit de pelo menos R$16 milhões, o equivalente a dois meses de funcionamento da UFJF. Talvez seja possível evitar a perda de R$7 milhões de recursos próprios, mas caso isso não ocorra o déficit pode chegar a R$23 milhões.

Como resultado, a UFJF vai executar demissões de terceirizados e vai precisar readequar o orçamento para o próximo semestre. Para agravar o cenário, o Congresso Nacional pode não aprovar a Lei Orçamentária Anual para 2023, devido ao processo eleitoral, o que significaria problemas de orçamento para os 3 primeiros meses do ano. Se a UFJF já está com dois meses sem recursos para 2022, terá que lutar para “sobreviver” pelo menos até março. 

“Vimos hoje mais uma concretização do ataque sistemático do governo federal, que pretende fechar as instituições, sufocando com a falta de recursos, num processo de guerra contra a educação e contra o povo brasileiro. Se não resistirmos agora, nossas universidades, institutos e cefets irão fechar as portas”, disse Augusto Cerqueira, da direção da APES.