Direção da APES visita Camara Municipal de Juiz de Fora em protesto contra Escola sem Partido em JF

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Direção da APES visita Camara Municipal de Juiz de Fora em protesto contra Escola sem Partido em JF

As professoras Amanda Pinheiro e Giselle Moreira, da diretoria da APES, estiveram, na tarde dessa terça feira, 12 de julho, na Câmara Municipal de Juiz de Fora, entregando a assessores e vereadores uma nota de repúdio à tentativa de implantar, em Juiz de Fora, diretrizes educacionais baseadas no projeto Escola sem Partido. O projeto foi apresentado na última quarta feira pelo vereador André Mariano (PSC). Na nota, a APES ressalta que “a Diretoria da APES repudia toda forma de censura e opressão à liberdade de expressão, de cátedra e do ensino docente, sinalizados pelo Movimento Escola sem Partido”. Clique aqui para ler a nota.

O documento aponta ainda a inconstitucionalidade da proposta e denuncia que o projeto “proíbe professoras e professores de incentivarem a participação política, de lecionar qualquer disciplina citando autores ou pensadores de esquerda e ainda impede a reflexão de temas relacionados ao preconceito, à intolerância e à diversidade sexual”.

As docentes se encontraram inclusive com o vereador André Mariano e o questionaram, manifestando seu repúdio à proposição e ressaltando que seu projeto significa uma mordaça a professores e professoras.

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Professoras questionaram o vereador André Mariano, autor do projeto

 

Proposta tem causado polêmica e é vista com reservas na câmara. Sindicatos prometem resistência
A proposta da implantação da escola sem partido em Juiz de Fora tem causado polêmica na câmara, não obtendo apoio de nenhum vereador a não ser o proponente. Sindicatos ligados à educação prometem resistência e o assunto repercute nas redes sociais. O projeto deverá passar ainda pela comissão que analisa sua constitucionalidade e deverá ser alvo de uma audiência pública.

Para tratar do assunto, a APES deverá comparecer a uma reunião na sede do Sindicato dos Professores da rede municipal e particular (Sinpro JF), na quarta feira, às 15h, com o objetivo de montar estratégias de resistência ao projeto.

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Professoras percorreram os corredores da Câmara Municipal, entregando nota de repúdio ao projeto Escola sem Partido