“Grito dos Excluídos é pela verdadeira independência”

No dia dedicado à lembrança da Independência do Brasil, cerca de 300 juizforanos foram às ruas pelo tradicional movimento de reivindicações “Grito dos Excluídos”.

Estavam presentes representantes de entidades, movimentos sociais comprometidos com a causa dos excluídos, sindicatos, igrejas, aposentados, estudantes entre outros. Dentre as pautas, o fim da corrupção, a municipalização do transporte público, buscando a redução da passagem de ônibus, melhorias nas jornadas de trabalho, reforma agrária e salários igualitários. Agentes da Polícia Federal também se juntaram ao movimento, protestando contra o controle político nas investigações realizadas pelo órgão.

O trajeto percorrido pelo grupo foi semelhante ao realizado pelo desfile cívico-militar: saindo da Avenida Rio Branco próximo à Rua Oscar Vidal e finalizando no Largo do Riachuelo. Para o professor Joacir Teixeira de Mello destaca a importância das manifestações no sete de setembro: “o grito dos excluídos representa a manifestação dos movimentos sociais por uma verdadeira independência e autonomia do povo brasileiro”

Em todo o país

Em diversas capitais do país, trabalhadores e estudantes foram às ruas protestar neste 7 de setembro. Paralelo aos desfiles cívicos, a CSP-Conlutas integrou as iniciativas que ocorreram, participando do tradicional do Grito dos Excluídos, cujo tema foi “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”.

Os inúmeros relatos do uso abusivo do aparato policial contra os manifestantes e os trabalhadores da imprensa, com o claro objetivo de impedir a atuação desses profissionais, confirmam que as mobilizações, em grande parte composta por esta juventude, se depararam mais um a vez com a repressão truculenta do estado.

Diante disso, o ANDES-SN divulgou nesta em 09 de setembro, uma moção de apoio e solidariedade “aos ativistas que foram violentamente reprimidos por ação policial nos atos do Grito dos Excluídos, realizados em todas as cidades brasileiras”.

No texto, a diretoria do Sindicato Nacional repudia “a brutal repressão e violência do Estado contra os manifestantes, e exigimos o direito à livre manifestação, o fim das perseguições e a imediata libertação dos manifestantes presos”.