Guarda Civil e Polícia Militar de São Paulo jogam bombas em cima de professores em protestos

Tropa de choque, gás de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo e cassetetes. Essa foi a resposta do prefeito João Dória (PSDB) aos educadores municipais em greve desde 8 de março. O saldo da ação violenta na Câmara Municipal de São Paulo provocou ferimento em diversos professores.


Professor Juarez Santana hospitalizado

              A categoria realizava um protesto contra o aumento da alíquota de contribuição da Previdência na esfera municipal e acompanharia a sessão na Câmara que discutiria o tema. Contudo, foi recebida com repressão e violência. Mesmo assim, uma parte conseguiu entrar no prédio. Dentro do plenário a repressão foi ainda maior.


Professora Luciana Xavier ferida durante a repressão

              “Sou uma trabalhadora, fui me manifestar pelos meus direitos e saí jorrando sangue”. A professora de Ensino Infantil Luciana Xavier, 41, levou um golpe de cassetete no nariz nesta quarta-feira (14) enquanto protestava no salão nobre da Câmara Municipal contra o projeto de lei de muda a alíquota de contribuição dos servidores para a Previdência.

              Para Rubens Luiz Rodrigues, da Direção da APES, o tratamento dado aos docentes em São Paulo é absurdo e típico de governantes afeitos à ditadura. “O governo do estado de São Paulo segue tratando a questão social como questão de polícia, questão de bombas, cassetetes, violência e opressão. Ação típida de governos antidemocráticos, que são verdadeiros desastres não apenas para a Educação, mas para o país, seu crescimento e sua justiça social. Lamentamos profundamente e nos solidarizamos com os companheiros e companheiras paulistas”.