Militante quer revolução na prática sindical

Na quinta feira,o Técnico Administrativo da Universidade Federal de Goiás, Gibran Jordão, membro da Coordenação Geral da FASUBRA, esteve em Juiz de Fora para um debate sobre as perpectivas de reorganização sindical e popular da classe trabalhadora e pregou uma revolução na prática sindical. O debate foi na sede do Sind-UTE e contou com boa participação de representantes do movimento social e sindical de Juiz de Fora. No encontro, Gibran destacou a importância da renovação das práticas dos movimentos sindicais “Temos que abarcar, em nossas lutas, a defesa das minorias, das mulheres, contra o preconceito racial, contra a homofobia etc.

Movimentos de junho
Gibran afirma que é preciso olhar com cuidado para as manifestações que tomaram as ruas em junho, que, segundo ele, foram resultado da situação de uma grande parte da população que se encontra em empregos precarizados, sofrendo assédio moral, em condições ruins de trabalho, se deparando com a falta de serviços públicos de qualidade na saúde, educação etc, com casos de corrupção e desvio do dinheiro público, ao lado de um crescente endividamento das famílias. “Isso tudo levou as pessoas para a rua. Houve uma mudança na situação política do país. Há uma disposição de luta em não aceitar mais as condições que são impostas, tanto para a classe trabalhadora, quanto para a juventude de uma maneira geral. É preciso entender todo esse processo e construir um movimento que seja independente dos governos federal e estadual, que organize essa juventude que entra no mercado de trabalho muito precarizado e que está disposta a ir à luta”.

Revolução na prática sindical
Ele defendeu que os sindicatos devem incorporar essa massa insatisfeita. “É preciso entender que esse momento requer uma revolução na prática sindical e que ela se organize de forma nacional. Temos o exemplo da Conlutas, da Anel, a luta das mulheres etc. Os elementos não são novos, mas se destacam e apontam uma nova direção política no país. É importante que os sindicatos radicalizem a democracia dentro das entidades para superar esse processo de reorganização”, disse.