18A: paralisações e atos marcaram mais um dia de luta em defesa do Serviço Público

Nesta quarta, 18 de Agosto, foram realizados atos por todo o país marcando um Dia de Luta, Greve e Paralisações de todas as categorias e níveis do Serviço Público. Segundo informações do ANDES-SN, em todas as 27 capitais e em pelos menos outros 60 municípios foram realizadas manifestações em defesa das servidoras e dos servidores públicos, contra a Reforma Administrativa (PEC 32), contra a privatização das estatais e contra a nova Reforma Trabalhista (MP 1045).

Em Juiz de Fora, um ato organizado por entidades representativas e por organizações, coletivos, comitês e partidos políticos foi realizado em frente ao Cine Theatro Central, com panfletos, bandeiras, cartazes e falas, no intuito de dialogar com a população juizforana sobre os impactos das medidas do governo federal para a classe trabalhadora e para toda a sociedade. Em sua fala representando a categoria docente da UFJF e do IF Sudeste MG, o presidente da APES Augusto Cerqueira afirmou: “Hoje é um dia de luta, um dia de greve do serviço público dos três níveis – federal, estadual e municipal – contra a PEC 32 da Reforma Administrativa. A Reforma Administrativa não só retira direitos e precariza o trabalho dos servidores públicos, mas também destrói o serviço oferecido à população. As escolas, institutos federais, universidades, hospitais, postos de saúde, o Sistema Único de Saúde, segurança pública, são todos serviços que serão destruídos pela Reforma Administrativa. E pior: é um retrocesso de mais de 40 anos na história desse país. Pois o serviço público foi e tem sido regulamentado pela Constituição de 1988. E nós vamos retroceder à época em que o servidor público era indicado pelo político de plantão. Também é importante dizer que esse é o governo do retrocesso, do desemprego, da fome, da miséria, da morte. A PEC32 representa tudo isso. Por esses motivos, dizemos não à Reforma Administrativa.” 

Além do ato, a APES, junto ao Fosefe, instalou 3 painés de LED no centro da cidade enfatizando a importância dos serviços públicos, em especial neste momento. Carros de som e spots de rádio também entraram em circulação durante a semana destacando os impactos negativos da PEC 32. A mobilização virtual também foi intensa neste dia 18, com publicação de conteúdos durante todo o dia e realização de um tuitaço organizado nacionalmente pelo Fonasefe. 

Em Brasília, servidoras e servidores realizaram um ato em frente à Câmara dos Deputados, para pressionar parlamentares a se posicionarem contrários às medidas que atacam os direitos sociais da população brasileira. A presidenta do ANDES-SN Rivânia Moura, em sua fala no carro de som, afirmou: “O ANDES-SN há 40 anos luta pela Educação Pública nesse país. Que constrói uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade que precisa ser financiada com o fundo público. Mas essa educação está ameaçada. a Saúde pública está ameaçada, mas é muito importante dizer hoje que o grito que precisa ecoar no Brasil inteiro é o Fora Bolsonaro, Fora Mourão fora Guedes e Fora todos os generais que estão nesse governo. É preciso dizer isso porque a luta por serviços públicos de qualidade é incompatível com esse governo. Nosso recado vai para o Congresso Nacional para questionar deputadas, deputados, senadoras e senadores: vocês vão ser coniventes com os crimes que esse governo tem cometido? É preciso punir Bolsonaro por todos os crimes que cometeu”.

Mais de 60 seções sindicais do ANDES-SN realizaram assembleias e construíram localmente os atos no dia 18. A cobertura nacional dos atos pode ser conferida aqui. 

Câmara Municipal de Juiz de Fora debate retorno das aulas presenciais na cidade

A Câmara Municipal de Juiz de Fora realizou na última terça-feira uma audiência pública, atendendo ao requerimento 1885/2021, de autoria dos vereadores Marlon Siqueira, Juraci Sheffer e Maurício Delgado, para tratar do retorno às aulas presenciais na cidade. Além dos vereadores, para compor o debate, foram convocadas as responsáveis pelas secretarias de educação, saúde e governo. Entre os convidados estavam representantes do Ministério Público de Minas Gerais e a organização de extrema direita composta por mães e pais de alunos em prol do retorno presencial imediato,  denominada “Escolas Abertas”. Entidades sindicais dos trabalhadores e trabalhadoras em educação também foram convidadas.  

Foram apresentados, durante a sessão, os planos de ação das secretarias de saúde e educação para o retorno de aulas presenciais no município. As secretárias Nadia Ribas e Ana Pimentel destacaram o processo da vacinação, hoje incompleta, dos profissionais da educação. Destacaram ainda que, desde janeiro de 2021, ações vêm sendo realizadas em Juiz de Fora para que o processo de retomada ocorra de maneira considerada segura. Além disso, segundo a secretária de saúde, Ana Pimentel, a Prefeitura tem se baseado em uma nota técnica da Fiocruz para analisar se a cidade tem condições de realizar um retorno híbrido das atividades educacionais.

As promotoras do Ministério Público se mostraram favoráveis a adoção do ensino híbrido neste momento, entretanto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais garantiu, na última sexta-feira, 13 de agosto, a autonomia da Prefeitura de Juiz de Fora para decidir sobre a volta às aulas no município, não encontrando irregularidades nos critérios científicos adotados na cidade, quanto ao tema.

APES fez a defesa da vida e da segurança de docentes e estudantes

“Os docentes e as docentes posicionaram-se, desde o começo de 2021, contra a discussão e adoção do ensino presencial e ou híbrido pela UFJF. Esse nosso posicionamento também se estende em apoio às demais escolas públicas e privadas da cidade, tendo em vista que esta é uma medida que vai na contramão das ações sanitárias necessárias para a contenção da pandemia. Defendemos que  a vacinação ampla e irrestrita, de toda a população, por meio do SUS, é condição para a retomada de qualquer atividade presencial de ensino, no âmbito das decisões públicas”, afirmou Luciene Guedes, representante da APES na audiência.

PJF indica possível retorno em setembro

Segundo a secretária de governo de Juiz de Fora, Cidinha Louzada, se Juiz de Fora seguir os protocolos sanitários e estiver apta para um retorno seguro nas escolas, o retorno das aulas presenciais poderá ser realizado em setembro de 2021.

A Pandemia continua sendo um grande perigo

Ainda de acordo com Luciene, a pandemia continua sendo um grande perigo para a vida de todos. “Os dados do boletim epidemiológico de Minas Gerais do dia 17 de agosto, mostram que só em Minas Gerais já são mais de 52 mil pessoas mortas, confirmadas. Somente hoje (17 de agosto) o número de infectados mais que dobrou, ontem foi de 1113 e hoje 3115 casos confirmados. O percentual de crianças e jovens de 1 a 19 anos, segundo o boletim, soma 9,7% do total de casos. Nós acreditamos que esse número não deve ser ignorado, pois as variantes da COVID-19, especialmente a Delta, que avança rapidamente no Brasil, não estão restritas ao número de pessoas que possuem comorbidades, e/ou idade avançada, sendo nocivas à todas as faixas etárias”, alertou Luciene.

Em avaliação da audiência, a diretoria da APES destacou a importância das audiências públicas como espaços de construção democráticos das políticas públicas. Todavia, afirmou que os tempos das intervenções não foi distribuído igualmente entre as entidades, o que acabou prejudicando a explanação dos representantes dos trabalhadores e trabalhadoras da educação que defendem um retorno presencial seguro para toda a comunidade escolar, fato evidenciado pelos presentes e por aqueles que acompanharam a transmissão ao vivo.

 

 

 


ANDES ENTREVISTA: José Menezes (UFAL) discute impactos da Reforma Administrativa

A PEC 32 irá alterar o papel do Estado e da Administração Pública e entregar os serviços públicos e gratuitos do Brasil para as grandes corporações da iniciativa privada. O 18A é um dia de luta contra essa PEC, pois ela irá beneficiar apenas aos ricos e poderosos.

No quadro ANDES ENTREVISTA do ANDES-SN em luta conversamos com José Menezes, professor de economia da Universidade Federal de Alagoas, que nos conta um pouco sobre como essa ‘‘Reforma Administrativa’’ afeta negativamente a vida de cada trabalhador e trabalhadora desse país.

Convidamos todas e todos para ouvirem o episódio ANDES EM LUTA, disponível AQUI (para ouvir no spotify) e em outras plataformas de áudio digital. 

 

 


Comunicado sobre funcionamento das atividades da APES

 

A Diretoria da APES decidiu suspender as atividades presenciais em nossa sede a partir de 16 de março, como medida de prevenção contra a propagação do COVID-19 (coronavírus). A APES se manterá atuante na defesa dos professores e das professoras e na trincheira de luta pela educação pública.
Disponibilizamos a seguir os seguintes canais de comunicação, por cada setor:
Fale Conosco – (32) 99160-9007
(32) 99109-2284

Secretaria: denise@apesjf.org.br
Tesouraria: ronaldo@apesjf.org.br - 32991605284
Plano de Saúde: beth@apesjf.org.br Jornalismo: apesjf@gmail.com
Assessoria Jurídica: leocastroadv@hotmail.com, Telefones: (32) 3216-7890 e (32) 99931-6924

Para receber mensagens pela lista de transmissão da APES, envie mensagem de whatsapp para (32)991586940, com nome completo, instituição, unidade e a palavra “aceito”

 Não responda a esse email

As mensagens à APES devem ser enviadas pelo faleconosco@apesjf.org.br. Somente desta forma poderão ser respondidas pela entidade.


 
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