Dilma mostra pouca disposição em ouvir sindicalistas

A presidente Dilma Rousseff não mostrou disposição em dialogar com as reivindicações conjuntas apresentadas pelas oito centrais sindicais, em reunião convocada pelo Executivo na manhã desta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto, em Brasília. As entidades apresentaram sete eixos (veja abaixo) que compõem a pauta do Dia Nacional de Luta, convocado para 11 de julho, pela CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, com paralisações e manifestações em todo o país. “Mais uma vez o governo federal não reconhece a necessidade de estabelecer um diálogo com os setores que representam a classe trabalhadora, mesmo nesse momento em que o país se coloca de maneira a reivindicar mudanças na relação do governo com a sociedade”, afirma Paulo Cesar Ignácio, presidente da APESJF

ANDES-SN chama docentes a integrar paralisação geral no dia 11 de julho 

O dia 11 de julho será marcado pelo Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, com atividades conjuntas previstas em todo o país, organizadas pelas oito centrais sindicais brasileiras CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, além de participação do MST, o Dieese e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade de Ação. A data foi definida em reunião realizada na última terça-feira (25), que discutiu o processo de lutas que toma conta do país.

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) atendeu ao chamado das centrais e também integra a mobilização. O ANDES-SN orienta as seções sindicais a discutir em suas instâncias e deliberar a paralisação na data apontada pelas centrais.

“Como parte deste processo de valorização da luta coletiva como instrumento de conquista e transformação social, o ANDES-SN, através das suas Seções Sindicais e em unidade com os demais setores, orienta a participação nas manifestações que estão ocorrendo, bem como a realização de paralisações no dia 11 de julho que foi definido como Dia Nacional de Lutas. Essa estratégia é importante para fortalecer a presença da classe trabalhadora organizada nas ruas”, afirma a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.

Além da paralisação do dia 11 de julho, as centrais também indicaram os eixos que compõem o pleito unificado das mais diversas categorias da classe trabalhadora: a redução das tarifas e melhoria da qualidade dos transportes públicos; o aumento nos investimentos da saúde pública; posição contrária ao Projeto de Lei 4330/2004, que trata sobre terceirização de mão de obra; pelo fim dos leilões de petróleo; pelo fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; pela redução da jornada de trabalho; e a Reforma Agrária.