APES alerta para criminalização dos Movimentos Sociais na condenação dos ativistas no Rio de Janeiro

Nesta terça-feira, 17 de julho, o Tribunal de Justiça do Rio condenou à prisão, em regime fechado, 23 manifestantes ligados aos protestos de 2013 e 2014 no Rio de Janeiro. As penas variam, mas a maioria foi condenada a 7 anos de prisão, pelos crimes de associação criminosa e corrupção de menores. A APES se manifestou nesta quarta feira frente à condenação como uma clara ofensiva contra movimentos sociais, que se manifestavam contra e no momento da Copa do Mundo. Numa das condenações o Juiz cita a formação de quadrilha e corrupção de menores. “Essa condenação pode ser encarada como uma expressão de uma justiça que legisla a favor da criminalização dos Movimentos Sociais, com o objetivo de impedir a reação da população frente às injustiças e ataques aos direitos”, disse Marina Barbosa, da direção da APES.
Na sentença, o juiz não decretou prisão preventiva dos condenados, então, eles vão poder recorrer em liberdade até que um eventual recurso seja julgado. O Ministério Público havia pedido, em 2015, a prisão de 18 e a absolvição de cinco manifestantes. Porém, o tribunal estabeleceu a prisão dos 23 citados no processo.