Mais de 30 entidades nacionais e 20 organizações estaduais e movimentos sociais confirmam participação na marcha
Mais de 50 organizações, entre entidades nacionais, estaduais e movimentos sociais, confirmaram participação na grande Marcha do dia 24 de abril, que será realizada em Brasília. A expectativa é que a atividade seja ainda maior que a realizada em 2012, inclusive com maior representatividade e participação de trabalhadores de outros estados. O ANDES-SN reafirmou o compromisso durante o 32º Congresso do Sindicato Nacional, realizado no início de março no Rio de Janeiro, e intensificou os esforços para a marcha a partir do evento.
“O ANDES-SN coloca como prioridade a organização e participação na Marcha do dia 24 de abril, que está sendo articulada pelo Espaço Unidade de Ação em um momento de ataques à classe trabalhadora como a reforma sindical, Lei de Greve, Acordo Coletivo Especial (ACE), entre outros”, destaca a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira. Ela ressalta ainda a importância de se obter número expressivo de participantes no dia 24 de abril, para mostrar ao Governo a reação das categorias e demais movimentos contra os direitos dos trabalhadores.
A presidente conta ainda que o ANDES-SN, por meio das Seções Sindicais e das Secretarias Regionais, está organizando em cada estado a mobilização para o dia 24 de abril. “Estamos empenhados em fortalecer a unidade da classe trabalhadora. O ano de 2013 será de grandes mobilizações e reações a qualquer forma de retirada de direitos dos trabalhadores e vamos iniciar as atividades com uma grande marcha a Brasília unindo todos os setores da classe trabalhadora, estudantes e movimentos populares”, afirma.
Para o coordenador da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, a Marcha é importante visto que possibilitará a junção de forças na defesa de bandeiras comuns e na construção de um polo de resistência que, segundo ele, é primordial. “O processo que estamos construindo tem uma capacidade de aglutinação que vai além da CSP-Conlutas. É importante que todos os sindicatos participem independente de centrais sindicais e filiações políticas. Todos que quiserem lutar são bem vindos e estão convidados para compor a unidade na luta”.
Zé Maria esclarece ainda que a marcha não se resume ao dia 24. “Há todo um processo que prevê a realização de plenárias nos estados, juntando as entidades e agitando a base, que antecede à Marcha. A mobilização em Brasília acontecerá para dar continuidade aos trabalhos”, explica.
Mobilização
Segundo o coordenador da CSP-Conlutas, na última reunião do Espaço de Unidade de Ação, realizada dia 19 de março na Condsef, movimentos do campo, que lutam pela reforma agrária, também aderiram à Marcha. Outras cinco confederações nacionais, além da CNTA que havia firmado compromisso anteriormente, também confirmaram presença. “Há uma mobilização importante dos sindicatos e movimentos de todo o país para potencializar o envio de delegações a Brasília no dia 24, que resulta em um processo de agregação muito significativo”, conclui.
Além do ANDES-SN, participaram do encontro a CSP-Conlutas, CNTA, MST, Condsef, CPERS, FNTIG, Fenasps, Fasubra, Sinasefe, Cobap, “A CUT Pode Mais”, Sepe-RJ, Intersindical, entre outras. Também esteve presente uma representação de federações e movimentos de luta pela terra do DF e Entorno e o movimento Resistência Urbana e Camponesa do Piauí.
A concentração para a marcha está prevista para o espaço em frente ao Ginásio de Esportes Nilson Nelson, com chegada das caravanas marcada para 7h. A próxima reunião foi agendada para dia 2 de abril, às 10h, na sede da Condsef.