Mesmo com ‘reajuste’, docentes amargam perdas salariais

O salário de boa parcela dos docentes das Instituições Federais de Ensino já apresenta defasagem em julho deste ano, segundo levantamento feito pela subseção do Dieese no ANDES-SN. Nas tentativas de negociação com o governo federal, durante a greve histórica de 2012, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN já apontava, em projeções feitas com base na expectativa de inflação para este ano, que a proposta de reajuste apresentada pelo governo não recomporia as perdas salariais – amargadas desde 2010 – e, muito menos, garantiriam ganho real na remuneração da categoria.

“O estudo confirma o problema que já alertávamos durante a greve. Apesar da intensa campanha de mídia do governo federal, que dizia estar concedendo reajuste de 40%, nós sabíamos que o acordo era muito ruim, que haveria perdas e, assim, não apenas Juiz de Fora, mas a imensa maioria das assembleias docentes em todo o país, rejeitou o acordo, que ainda por cima desorganizou a carreira. A falta de respeito se completou com a assinatura de um acordo com uma entidade que não representava os docentes”, resumiu Paulo César Ignácio, presidente da APESJF.

A pesquisa apresenta o cálculo da evolução salarial dos professores da Carreira do Magistério Superior entre 1 de julho de 2010, quando entrou em vigor a última parcela do reajuste previsto na Lei 11.784/2008, e 31 de julho de 2013. Os resultados são equivalentes para a Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Ebtt).

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