Milhares foram às ruas no dia 30 de junho |
No dia 30 de junho, dia de greve geral em todo o país, milhares de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes estiveram novamente nas ruas do centro de Juiz de Fora para protestar contra a retirada de direitos, representada pelas reformas trabalhista, previdenciária e as terceirizações. A concentração na praça da estação deu início à manifestação que percorreu as ruas do centro da cidade com palavras de ordem e indignação frente as ações, não apenas do executivo, mas também as movimentações tendenciosas da justiça brasileira, na busca por proteger o grupo que tomou o poder no país. O ato, que teve a organização do Fórum Sindical e Popular, contou com dezenas de entidades dos movimentos sociais, feministas, negros, sindicatos e associações de categorias. Falando à multidão, o Presidente da APES, Rubens Luiz Rodrigues, ressaltou que a classe trabalhadora não se admira das ações que estão sendo tomadas pelos grupos dominantes, já que a burguesia sempre tentou retirar os direitos da classe trabalhadora. “O que acontece agora é um acirramento e a APES está nessa luta para colaborar com a organização da classe para derrubar todos aqueles que ameaçam seus direitos”. Presente à manifestação, o professor Paulo Roberto Leal, da Faculdade de Comunicação da UFJF, disse que acredita na possibilidade de resistência da sociedade. “Em diversos momentos da história, a gente chegou a ter desesperança em relação ao quadro político, ao conjunto de derrotas que a classe trabalhadora eventualmente sofreu. Em cada uma dessas crises, a sociedade brasileira foi capaz de virar a página. Estamos num momento de desesperança, mas não podemos nos deixar contaminar, na perspectiva da análise histórica e na percepção de que podemos construir algo melhor do que temos hoje” Para o vereador Roberto Cupollilo, em meio à inconsistência política vivida pelo país, a única certeza que a classe trabalhadora tem para impedir a retirada de direitos é fazer movimento de luta unificada. “Nós estamos em plena confiança que o movimento está ocorrendo no Brasil inteiro tem plenas condições de barrar essas reformas”. Para o professor Frederico Coutinho do Colégio de Aplicação João XXIII a possibilidade de vitória dos trabalhadores é concreta. “Essa é uma luta de todos. Está na hora de a gente acordar e barrar as reformas”. Laiz Perrut, da Marcha Mundial das Mulheres, disse que o golpe na política brasileira foi dado de cima para baixo e vai ser pela mão do povo que ele vai cair. “A união das mulheres, da juventude e do movimento estudantil e sindical vai barrar o Temer, vai barrar as reformas”. Fotos da manifestação no dia 30 de junho |
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