Petição pública exige readmissão de professoras do CPDOC/FGV

      Associações acadêmicas, professores, estudantes e sociedade em geral assinam o documento “Contra a destruição do PDOC/FGV: pela readmissão de Luciana Heymann e Dulce Pandolfi”, dirigido ao presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal.
Em menos de duas semanas, as duas professoras foram demitidas da instituição, que apresentou como justificativa o cenário econômico geral e a dificuldade de equilibrar o orçamento do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil). Entretanto, como questiona o abaixo-assinado, as demissões refletem “a política anti-intelectual do governo federal e de governos estaduais como o do Rio de Janeiro, política disfarçada de pretensa austeridade”, mas cujas consequências para a educação e a ciência brasileira superam supostos benefícios financeiros.
Dulce Chaves Pandolfi completaria 40 anos de atuação no CPDOC em 2018, onde contribuiu de forma decisiva para diversos projetos que consagraram a instituição. Lá, desenvolveu estudos sobre elites políticas brasileiras, partidos políticos e movimentos sociais. Nos últimos anos, a pesquisadora vem trabalhando com o tema da cidadania e dos direitos e tem realizado pesquisas em comunidades de baixa renda. Um dos resultados dessas pesquisas foi a organização do livro A Favela fala, em parceria com Mario Grynszpan. Outro tema das suas reflexões tem sido o papel das ONGs (organizações não governamentais) e sua relação com o Estado e com os movimentos sociais. Desde 2004, Dulce Pandolfi é diretora do Instituto Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais (Ibase).
Graduada em história, mestre em antropologia social e doutora em sociologia, Luciana Heymann integrava a equipe do CPDOC desde 1986. Em 2007, assumiu a coordenação do Programa de História Oral. Com vinte anos de experiência no campo da documentação, tem atuado junto a entidades da área arquivística, como o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), e o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO, para o qual foi eleita vice-presidente no biênio 2009-2010. Recentemente, coordenou a pós-graduação do CPDCO, liderando um processo que culminou na recente subida de nota do Programa na CAPES.

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