Primeiro de Maio unificado teve ações pela manhã. Mobilização continua com carreata na parte da tarde

Entidades, sindicatos e partidos políticos, unidos no Comitê Unificado Fora Bolsonaro de Juiz de Fora, realizaram uma série de ações para marcar o 1º de Maio na cidade, durante a parte da manhã. À tarde a mobilização continua com a carreata que parte às 14h do bairro Santa Luzia. Concentração às 14h em frente ao Esporte Clube Olaria. Avenida Santa Luzia 277

A mobilização, adaptada aos tempos de pandemia, contou com intensa campanha nas redes sociais; carro de som rodando bairros da cidade, cortejo fúnebre no calçadão da rua Halfeld, que simbolizou a morte de milhares de brasileiros, vitimados pela Covid e pela política implementada pelo Governo Federal. Faixas foram colocadas no Mergulhão da Avenida Rio Branco, na passagem de nível da Praça da Estação e no viaduto da Itamar Franco. 

Em todas manifestações: a exigência de vacinação para todos; auxílio emergencial de pelo menos R$600; lockdown nacional com condições para todas e todos; medidas de preservação do emprego, de auxílio a pequenos comerciantes; combate a inflação dos alimentos e combustíveis; a defesa do SUS, de servidores e serviços públicos; contra a privatização das empresas públicas; pelo investimento em educação; pela vacinação em massa nas escolas municipais e estaduais e a palavra de ordem mais ouvida, o Fora Bolsonaro! Impeachment Já.

Augusto Cerqueira, da Direção da APES, ressaltou a movimentação da Seção Sindical e disse ser importante denunciar as ações do governo:  “Entendendo o momento e a conjuntura, a Apes não mediu esforços para trabalhar pela organização e mobilização da classe trabalhadora neste primeiro de maio. Agora seguiremos para a carreata para que possamos reforçar nossa posição intransigente na defesa da educação pública,  dos professores e professoras, dos servidores públicos e da classe trabalhadora. Além disso, denunciar a política de morte e destruição desse governo.”

Lucimara Reis, representante do coletivo feminista 8M, presente ao Cortejo no Calçadão, disse que as ações que se realizaram em Juiz de Fora se deram também em muitas outras cidades do país, num movimento unificado da esquerda para derrotar o governo genocida de Bolsonaro. Ela explicou que o ato do cortejo no Calçadão foi simbólico e contou com poucas pessoas, visando preservar a segurança durante a crise sanitária. “Ainda assim achamos importante marcar esse dia porque não podemos mais normalizar as mortes. Chegamos à marca de 400 mil. Mortes que poderiam ter sido evitadas se tivéssemos uma ação responsável do governo federal. A única saída que a gente encontra é o Fora Bolsonaro, porque todas as soluções apresentadas para garantir a vacinação em massa e a renda mínima para que as pessoas fiquem em casa são medidas que o governo não quer adotar porque não é de sua política. Nós vimos as declarações absurdas do Guedes e o Governo Bolsonaro mostra a que veio”.

A professora Victória Mello, do Sind-UTE, relembrou que esse é o segundo Primeiro de Maio em meio a uma pandemia que já matou milhares no mundo. No Brasil, mais de 400 mil pessoas. “As entidades estão nas ruas hoje, denunciando a política do governo federal. É um primeiro de maio de luta, classista, em que a gente está dizendo que, para parar a matança do nosso povo, para proteger a classe trabalhadora, nós precisamos retirar o governo Bolsonaro do poder”.