A APES lançou essa semana uma campanha de conscientização em relação à pandemia de Covid 19, em contraposição às medidas de flexibilização adotadas pela UFJF, que retirou a exigência do passaporte vacinal e logo depois do uso de máscaras em suas dependências. A constatação é de que a pandemia não acabou e que é importante manter os protocolos de segurança, com o objetivo de proteger a vida de todos. Foram lançados cards nas redes e um carro de som circula dentro da Instituição conclamando a comunidade universitária a se manter segura. Na tarde desta sexta-feira, o DCE realiza assembleia e vai discutir o assunto além do debate sobre os cortes orçamentários, que chamam para a mobilização no dia 03 de julho. A APES apoia a luta estudantil e convoca professores e professoras a comparecer.
Para Maria Edna Fernandes, representante do DCE, o retorno presencial já tem sido conturbado, com grande número de estudantes infectados e cancelamento de aulas em diversos cursos. O que pode ainda ser agravado nos próximos meses, pois alguns cursos, como os da área da Saúde e da Comunicação, só retornarão às atividades a partir de junho. Como prevê Maria Rita, este fato trará uma nova leva de pessoas frequentando o campus, vindas de diversas regiões do país, que podem, inclusive, ter um maior índice de contaminação. Neste sentido, o DCE se posiciona contrariamente à flexibilização dos protocolos da universidade, em especial do passaporte vacinal, “porque ele era a garantia de que a universidade não lidaria com pessoas negacionistas, com aqueles que se negaram a tomar a vacina por ideologia, porque não quiseram. Porque quem não podia tomar vacina tinha que ter comprovação médica”, afirma Maria Rita. A estudante também aponta que a decisão foi tomada sem uma consulta aos comitês locais e que a medida vai no caminho contrário “de tudo o que a universidade fez na pandemia inteira, que foi ciência e dados”.
Em matéria publicada pelo Sintufejuf, a entidade considerou que as medidas adotadas pela UFJF demonstraram que estimular a vacinação da população contra a Covid-19 não é uma prioridade para a maioria do Consu. Para o coordenador geral da entidade, Flávio Sereno, a decisão da UFJF é, no mínimo, precipitada. “O passaporte é uma bandeira de defesa da vida, que não deveria ser baixada enquanto a pandemia ainda se faz presente”, afirma. Flávio Sereno ressalta que a vacina é a principal defesa contra o vírus. “Foi a ampla vacinação com duas doses que provocou a queda de casos, internações e mortes. Porém a cobertura da chamada dose de reforço, ou terceira dose, está bem aquém das duas anteriores, o que traz preocupação. A exigência do passaporte tem caráter educativo visando estimular a imunização individual e coletiva. A nosso ver é um erro suspender esta exigência”, comenta. Para embasar a discussão, durante a reunião, o coordenador questionou qual seria a cobertura de terceira dose na comunidade acadêmica, entretanto este dado não estava disponível naquele momento.