Evento buscou esclarecer os impactos da Reforma para as classes trabalhadora e estudantil e a importância de lutar contra a medida
Em mais uma oportunidade de discutir os impactos da PEC 6/19, APES, Sintufejuf e DCE realizaram ontem, 27 de maio, o “Seminário Reforma da Previdência: o que está em jogo?”
Na abertura, a professora Marina Barbosa, presidente da APES, enfatizou que o governo tem usado a Reforma da Previdência para chantagear o conjunto da sociedade, “impondo uma dinâmica de afirmar que nada mais está garantido se não houver a reforma, inclusive os nossos salários de servidores públicos, inclusive a existência das universidades e dos institutos federais, e nós sabemos que isso se resolve no campo da luta. Reivindicar esse espaço unitário de estudo e resistência é fundamental”.
Impactos da PEC
No primeiro momento, o assessor jurídico da APES, Leonardo de Castro Pereira, apresentou as principais mudanças que serão provocadas pela proposta de reforma da previdência caso seja aprovada, fazendo comparações com o sistema atual e exemplificando situações individuais, inclusive, a partir das dúvidas dos presentes no evento. O material comparativo apresentado por Leonardo na sua apresentação pode ser acessado AQUI.
No Congresso
Em seguida, a Deputada Margarida Salomão analisou a situação no Congresso Nacional e informou sobre sua atuação para que a reforma não se efetive. Além disso, reforçou a crítica à Emenda Constitucional 95 e a pressão do sistema financeiro para que a Reforma passe. A deputada nota, em visitas às diversas cidades, uma crescente preocupação com a reforma, com reuniões cada vez mais cheias. Nesse sentido, ela espera que no próximo dia 30 de maio, esta luta fique mais evidente; e que no dia 14, a classe trabalhadora efetivamente “mande um recado para os políticos”. Margarida reforçou que a reforma proposta por Michel Temer não foi votada, porque o povo foi para rua, o que torna a reação presente ainda mais importante. “A sociedade tem que mostrar que os parlamentares não serão perdoados”, disse a deputada, reforçando ainda que “quem votar, não volta”.
Resistência
Flávio Sereno, coordenador geral do SINTUFEJUF, citando o que Margarida chamou de “ações missionárias”, destacou as ações dos sindicatos de promover eventos que possam chegar até suas respectivas bases e conscientizá-las cada vez mais sobre os ataques do governo à vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Marina Barbosa ressaltou sobre a importância do Fórum das Entidades como estratégia de resistência e de construção coletiva para debater as propostas que serão levadas aos segmentos de cada organização e ampliar esta luta para a sociedade.
Ramon Almeida, coordenador geral do DCE, avaliou positivamente o evento, que contou com a presença de estudantes, professores e TAEs, o que representa uma ação multiplicadora na luta contra a Reforma da Previdência: “Entendemos que o debate é de suma importância, [pois] o jovem contribui para o país desenvolvendo atividade de pesquisa, de extensão, mas ele vai demorar a contribuir para o INSS. […] Nos organizamos para defender não apenas os estudantes, mas todos os trabalhadores” declarou Ramon.