Entidades já acionaram o Ministério Público, em defesa da democracia
Apesar de toda a documentação protocolada pelas entidades e movimentos sociais, que denunciaram o Sargento Mello Casal (PTB) pelas afirmações criminosas veiculadas em uma live, a Comissão de Ética e do Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Juiz de Fora arquivou as representações contra o vereador. Em uma transmissão ao vivo em seu canal, o vereador deixa explícita sua anuência e conivência com afirmações do presidente do seu partido, Roberto Jefferson, que incitou atos de violência contra os agentes da guarda municipal e atacou instituições públicas, como a UFJF, durante a live.
Segundo a imprensa local, o presidente da Comissão, vereador Bejani Júnior, afirmou que as representações não estavam formalizadas de acordo com as normas jurídicas. E que a maior parte dos protestos encaminhados à Câmara era formada por notas de repúdio, que não levam a avaliação da comissão.
Entretanto, além dos vídeos da própria transmissão ao vivo, diversos documentos enviados à Câmara pelas entidades comprovaram os abusos proferidos durante a live organizada e transmitida pelo vereador, com grande repercussão na imprensa local e nacional, e com reação de instituições públicas e entidades representativas de policiais e outros servidores públicos.
“Essa decisão expressa o acordo da Câmara Municipal de Juiz de Fora com a conduta do vereador e do presidente do seu partido, mostrando mais uma vez para a sociedade o avanço do processo de destruição da democracia no país. Seguiremos na luta, junto às demais entidades e movimentos sociais, pelo respeito às instituições, aos servidores públicos e à democracia. Já acionamos o Ministério Público e continuaremos a pressão sobre a Câmara Municipal de Juiz de Fora”, disse Augusto Cerqueira presidente da APES.