De acordo com levantamento parcial realizado pelo Comando Nacional de Greve (CNG), mais de 50 assembleias gerais rejeitaram a última proposta do governo. “Isso mostra que até o momento o governo não ouviu os docentes, pois nós apresentamos uma proposta de reestruturação da carreira e ele propõe aparente esvaziamento conceitual e expressão de valores nominais em tabelas, que conduzem a uma desestruturação ainda maior da atual carreira”, argumentou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.
Diante desse quadro, a greve continua. “A categoria discorda do que o governo apresentou até agora, da lógica em torno da qual o governo incide sobre a carreira docente, e vamos continuar na mesa para que possamos negociar efetivamente os rumos da organização do trabalho docente para o futuro e chegar a um acordo”, afirmou Marinalva em entrevistas dadas à imprensa na tarde desta terça-feira (31).
A presidente do ANDES-SN lembrou que o governo não cumpriu parte do acordo, assinado em agosto do ano passado, em que se comprometia a discutir e apresentar em um grupo de trabalho uma proposta de reestruturação da carreira.
O CNG continua reunido, contabilizando os votos e analisando as sugestões aprovadas nas assembleias. O resultado final das assembleias será divulgado nesta quarta-feira (1º). Às 21h, os representantes dos docentes voltarão a se reunir com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e os secretários do Ministério da Educação Amaro Lins (Sesu) e Marco Antônio de Oliveira (Setec).