Na tarde desta quarta-feira, 15 de maio, o Parque Halfeld e ruas da região central de Juiz de Fora foram tomados por estudantes dos setores municipal, estadual e federal, além de trabalhadores que protestaram contra os cortes à educação por parte do Ministério da Educação (MEC) e contra a reforma da Previdência.
O ato foi organizado pela Frente em Defesa da Previdência Pública, espaço de unidade de luta que foi construído conjuntamente por entidades, coletivos e movimentos socais, e teve como objetivo a adesão à mobilização que ocorreu por todo o Brasil neste dia de Greve Nacional da Educação. A Apes íntegra a Frente e atuou em diversas comissões para organização do ato.
Estudantes da UFJF, do colégio João XXIII e do IF Sudeste MG, sairam em passeata pelas ruas da cidade, seguindo de suas respectivas instituições até o centro da cidade para se juntar ao ato unificado que reuniu milhares de pessoas, diversas entidades e movimentos sociais. A Apes se fez presente, com grande participação docente, em um dia histórico de luta na cidade de Juiz de Fora, dia que ficará marcado como uma das maiores manifestações populares da cidade nos últimos anos.
Milhares de manifestantes assistiram à aula pública de tema “Reforma da Previdência e cortes na educação” com Flávio Sereno, Laura Tavares e Lorene Figueiredo. O ato contou também com apresentações artísticas, como do grupo de tambor mineiro Ingoma, do Sararau Crioulos e do poeta Ícaro Renault, além da presença da bateria do Levante Popular da Juventude.
Ao som de gritos de ordem, faixas e cartazes, a multidão seguiu pelas ruas até chegar na Praça da Estação, local marcado para o encerramento da manifestação. “Enquanto o Ministro está no Congresso e o Presidente está nos Estados Unidos, nós viemos para as ruas para dizer que vamos defender nosso futuro, a educação pública e a Previdência pública” declarou Flávio Sereno, coordenador geral do SINTUFEJUF.
A presidente da APES, professora Marina Barbosa, reforçou a importância de uma unidade entre entidades e movimentos sociais e sua presença nas ruas para a luta pelos direitos da população: “Essa é a melhor sala de aula que pode existir, estar na rua é ensinar e aprender, e Juiz de Fora mais uma vez mostra sua coragem para dizer ‘não’ ao projeto do governo, é a briga na rua, é a greve geral”.