A comunidade do CEFET RJ acusa o MEC de intervir de maneira antidemocrática na escolha do Diretor da Instituição. O candidato vencedor, Maurício Saldanha Motta, teve a eleição contestada pelo segundo colocado Sérgio Roberto de Araújo. O processo correu em sigilo dentro do MEC e resultou na indicação, pelo Ministro Abraham Weintraub, de seu ex assessor, Maurício Aires Vieira, como diretor temporário.
Na manhã dessa segunda feira, o interventor foi hostilizado ao chegar ao campus do Maracanã. O MEC, em nota, esclareceu que “o processo eleitoral do Cefet-RJ está sob análise administrativa”.
O CEFET afirmou em nota que “o ex-diretor-geral do Cefet/RJ e o candidato eleito para o cargo máximo desta instituição, preocupados com o término do mandato, que expirava em 1º de julho de 2019, encontraram-se com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica da SETEC, Ariosto Antunes Culau. Na ocasião, este deixou claro que a expiração do mandato não resultaria em problemas, referendando o então vice-diretor e candidato eleito, Mauricio Saldanha Motta, como vice-diretor em exercício da Direção-geral. Nesse ínterim, tramitou pelo MEC, em sigilo, um processo de recurso contra as eleições internas a que o candidato eleito não pôde ter acesso”.
Governo ataca a democracia
“A autonomia e a democracia nas instituições federais de ensino seguem sendo atacadas por este governo. A nomeação de dirigentes não referendados pela comunidade já está se tornando regra. É preciso a mobilização de todas e todos na defesa da educação pública, passando necessariamente pela defesa da autonomia e democracia nas IFES”, disse Augusto Cerqueira, da direção da APES.
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