CLG da APES convoca categoria para participar da Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília

Companheiros e Companheiras,

Como parte desse importante momento de luta, em que somamos esforços para constituir um polo forte de pressão junto ao governo de frente ampla, está sendo construída uma marcha a Brasília para o dia 22 de maio. Nesse sentido, é muito importante que as entidades que prezam por sua autonomia constituam um potente bloco de pressão, como medida para garantir uma participação robusta na distribuição do fundo público, que está em disputa. Adicionalmente, as entidades da educação que estão em greve – ANDES, FASUBRA e SINASEFE – trabalham para aproveitar a presença da militância em Brasília para construir um ato específico da educação no dia 21 de maio. A respeito dessa dupla tarefa, precisamos nos preocupar com algumas questões que são ao mesmo tempo políticas e operacionais.

Em primeiro lugar, a questão operacional da antecedência necessária para preparar nossa participação com qualidade. Para evitar as dificuldades com relação a transporte e estadia, e mesmo garantir a disponibilidade dos que pretendem participar, é fundamental uma boa antecedência, que garanta todos os preparativos de forma adequada. Esse aspecto prático envolve um fundo político, que é garantir o caráter classista e autônomo desse ato, como forma de torna-lo parte de nossos esforços de pressão do movimento grevista junto ao governo federal, para o atendimento de nossas pautas. É relevante recuperarmos que a construção dessa marcha foi decisão aprovada em nosso último congresso nacional do ANDES-SN, e nesse sentido, o Comando Nacional de Greve já vem trabalhando com a decisão de cumprir essa tarefa.

A consolidação dessa atividade pode significar um passo importante na retomada dos grandes atos de rua pelas entidades classistas, um espaço que vem sendo negligenciado por forças que confiam em demasia na via institucional, e temem que movimentos de massa possam desestabilizar a presidência, favorecendo o avanço da direita. É preciso recuperar a concepção de que as ruas sempre foram o espaço privilegiado de atuação das forças populares, e o palco por excelência dos movimentos de massa. Foi com essa perspectiva que ocupamos o espaço público em 2016, contra a Emenda Constitucional 95; em 2017, para tentar barrar a contrarreforma trabalhista e previdenciária; e em 2019, com o Tsunami da Educação, contra os cortes de recursos destinados a universidades e institutos. Seguiríamos nessa mesma linha, que vinha ganhando tração, mas o advento da pandemia nos obrigou a suspender esse movimento, em favor da preservação da vida. Vamos retomar nossa linha de mobilização e construção de movimentos vigorosos, pois a política é expressão da correlação de forças sociais. O setor que historicamente tem acesso privilegiado aos recursos do Estado continua organizado, com seus contatos na estrutura, seus instrumentos de pressão, seus representantes institucionais e seus canais de comunicação. Nosso desafio é contrabalancear todo esse aparato com nosso número organizado, fazendo quantidade se tornar qualidade e expor, publicamente, nas ruas, toda nossa potência.

Formulário

Pessoas interessadas em participar da Marcha da Classe Trabalhadora, com saída no dia 20 de maio, PREENCHA O FORMULÁRIO DISPONÍVEL AQUI e aguarde o contato da Secretaria da APES.