Na mesma proporção em que aumentam as adesões de novas Instituições Federais de Ensino à greve convocada pelo ANDES-SN, cresce o número de entidades que aprovam notas de apoio à paralisação. Uma das primeiras entidades a se pronunciar foi o Conselho Federal de Serviço Social, que considera a greve uma “ação legítima, justa e necessária, pois se hoje ainda contamos com universidades públicas, isso se deve às lutas históricas de docentes, técnico-administrativos e estudantes”.
Estudantes de várias faculdades da Califórnia aprovaram na última semana, durante a 1ª Conferência Estadual Estudantil, uma mensagem de solidariedade à greve. “Gostaríamos de estender nossa total solidariedade aos professores do Brasil e dizer que eles não estão sozinhos nessa luta, pois os ataques à educação ocorrem em escala internacional”, afirmou a nota, que foi enviada para a CSP-Conlutas para ser entregue ao ANDES-SN.
O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Pará (Consepe) aprovou uma nota apoiando os professores em greve, a qual “demonstra a indignação que tomou conta da categoria depois de tantas tentativas de negociação com o governo sem resultados satisfatórios”. O Conselho Universitário (Consu) da Universidade Federal do Acre também aprovou uma moção de apoio à greve geral dos docentes, em que a instância reconhecer a legitimidade e manifesta total e irrestrito apoio à paralisação.
A nota do Consu reconhece o Comando Local de Greve e a Assembleia Geral dos Docentes como “as únicas instâncias em condições de avaliar e decidir sobre as atividades acadêmicas que devem ser executadas enquanto perdurar a greve da categoria”.
O Conselho Universitário da Universidade Federal de Uberlândia, em moção aprovada no dia 25 de maio, reconheceu a legitimidade de greve dos docentes e se declarou sensível às reivindicações pautadas, rejeitando “qualquer forma de cerceamento à livre expressão de docentes, técnicos administrativos e estudantes”.
Já o Conselho da Universidade Federal de Rio Grande, em moção aprovada no dia 25 de maio, reconhece a legitimidade do ANDES-SN e do movimento nacional de greve e afirma que a paralisação “demonstra a indignação que tomou conta da categoria depois de tantas tentativas de negociação com o governo sem resultados satisfatórios”.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) divulgou uma nota de apoio à mobilização. Para o partido, a greve “é produto direto da intransigência do governo Dilma, que se recusa a negociar de maneira séria e responsável o projeto de carreira apresentado pelo ANDES-SN há mais de um ano”.
Militantes do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) de Macapá, que participaram no último final de semana do II Congresso Municipal do partido, aprovaram uma moção de apoio à greve dos docentes. Para os congressistas, a “a defesa da universidade pública e a força do trabalho são e permanecerão sempre maiores que desrespeitos e a truculência de governo que expoliam o povo e, por isso, venceremos!”.
Também em luta pelo cumprimento da Lei do Piso, os professores municipais de Juiz de Fora aprovaram uma nota em apoio aos docentes das Ifes “que neste momento travam luta semelhante reivindicando aumento salarial e cobrando do governo Dilma o seu compromisso com a educação pública e com a classe trabalhadora”.
Já o Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e região declarou “apoio incondicional” à greve pelo fato dela expressar “a luta de todos nós em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade no país”.
Os docentes da Universidade de Campinas, em assembleia realizada no dia 23 de maio, aprovaram uma moção de apoio irrestrito à paralisação dos docentes das universidades federais.
Na moção de apoio aprovada pela Associação dos Geógrafos Brasileiros – seção Porto Alegre é criticada a expansão precarizada das instituições federais. Diz, ainda, que “a busca de uma universidade pública inclusiva, gratuita e de qualidade inclui a valorização profissional e o respeito à autonomia da Universidade”.
Os alunos do curso de pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em assembleia realizada no dia 22 de maio, aprovaram uma nota em que manifestam apoio à greve pois ela “coloca a necessidade urgente de retomar a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, laica e socialmente referenciada”.
O texto critica a atual política de incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento, que vem sendo direcionadas por “um modelo produtivista, que prejudica a qualidade e que não está referenciada nos interesses populares”. Por fim, o texto convida toda a comunidade acadêmica da UFRJ a apoiar a greve dos professores.
A Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (Exneef) divulgou uma nota em que denuncia o corte, pelo governo Dilma, de R$ 5 bilhões nos orçamentos da educação nos anos de 2011 e 2012 e declara apoio à greve dos docentes das federais. Para a Exneef, a “luta por melhores condições de trabalho e valorização da carreira docente é uma luta contra a lógica de sucateamento da educação brasileira”.