O governo federal não pretende adiar o ENEM, apesar de a pandemia do Corona Virus aumentar gradativamente sua letalidade no Brasil e apesar dos manifestos, vindos de estudantes, sindicatos e da sociedade civil organizada, para adiar a prova.
Dessa forma, o MEC coloca estudantes e trabalhadores em perigo, promovendo aglomerações e risco do aumento da proliferação da Covid 19 em todo o país.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que uma minoria barulhenta pretende adiar o processo. “Não vamos adiar o Enem. Primeiro porque tomamos todos os cuidados de biossegurança possíveis. Queremos dar tranquilidade para você que vai fazer a prova, assim como aconteceu no domingo, em menor proporção, claro, no exame da Fuvest (exame de vestibular da USP)”, afirmou o ministro durante entrevista à CNN Brasil na terça-feira, 12 de janeiro.
Assim, as datas ficam mantidas para 17 e 24 de janeiro de 2020. O exame também será realizado numa versão digital para 100 mil inscritos, desta vez nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, 5,7 milhões de inscritos foram confirmados.
Desigualdade de condições e riscos à saúde
Movimentos sociais, estudantis, sindicais, e sociedade em geral novamente têm se manifestado pelo adiamento da prova. Para as entidades, manter a prova para janeiro colocará em risco a vida de milhares de estudantes brasileiros devido à falta de condições sanitárias adequadas para aplicação das provas, além da preocupação com o aprofundamento das desigualdades de ensino, já que, durante a pandemia, parte dos jovens brasileiros, principalmente os que estudam na rede pública, não tem acesso à tecnologia ou à internet em suas residências, diferente dos tantos que estudam na rede particular. Outros estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social e lutam pelos cuidados com a sua saúde e de seus familiares.
Adia Enem
Novamente as entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) retornam com a campanha #AdiaEnem, feita de forma virtual nas redes sociais, para chamar a atenção da sociedade sobre as condições sanitárias e as dificuldades enfrentadas por estudantes de baixa renda na pandemia.
Com informações do ANDES-SN.