A situação que se projeta para o estado de Minas Gerais ainda é de continuidade da pandemia de Covid 19 para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2022, com aumento de casos devido ao aumento da mobilidade, advinda das festas de fim de ano e das flexibilizações adotadas neste início de ano. Esta é uma das conclusões do estudo “Acompanhamento da pandemia de COVID-19 em Minas Gerais, cenário epidemiológico para início de 2022”, realizado pelo biólogo e pesquisador Lucas Ferrante, integrante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em um trabalho solicitado pela Frente de Defesa da Educação.
O estudo, realizado sobre as cidades de Belo Horizonte, Diamantina, Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia, aponta para o aumento do número de casos e internações e recomenda a manutenção do distanciamento social, evitar aglomerações em locais fechados, uso de máscaras, higienização das mãos e passaporte vacinal para recém-chegados de outros países.
Vacina para crianças e adolescentes
Diante das atuais taxas de vacinação nestas cidades, com base no atual modelo epidemiológico, o estudo indica que a população deverá atingir limiares de imunização, que se aproximem da imunidade coletiva adquirida por via vacinal, em meados de abril de 2022, apenas quando a cobertura vacinal contemplar crianças e adolescentes de 5 a 11 anos.
Volta às aulas presenciais
O estudo evidencia ainda que, “no atual contexto, atividades como o retorno às aulas presenciais ou híbridas deveriam ser retomadas com cautela e de forma escalonada, além de seguir recomendações técnicas de segurança epidemiológica avaliando o risco do aumento da transmissão viral na comunidade, dada as atuais taxas de vacinação”.
O documento aponta que a ausência de um programa de testagem da população, junto ao aumento da mobilidade urbana, coloca em risco todo o estado de Minas Gerais e que a retomada das aulas presenciais com apenas uma dose das vacinas coloca em risco os profissionais da educação.
A Apes, desde o início da pandemia, vem defendendo a ampla vacinação, o respeito às normas sanitárias e aos protocolos recomendados pela ciência, sempre em defesa da vida. “Este estudo confirma e reforça o que sempre defendemos no CONSU. Assim, reafirmamos que a UFJF precisa considerar sempre o cenário atual da pandemia, que tem sua dinâmica própria, sempre na defesa da segurança sanitária de docentes, estudantes e técnicos-administrativos”, disse Luciene Guedes da direção da APES.