A situação que se projeta para o estado de Minas Gerais ainda é de continuidade da pandemia para os meses de fevereiro e março de 2022, com um aumento de casos devido às flexibilizações e ao aumento da mobilidade urbana em dezembro de 2021. Esta é uma das conclusões da “Nota técnica: Acompanhamento da pandemia de COVID-19 em Minas Gerais, cenário epidemiológico para o início de 2022 e medidas necessárias para um retorno escolar seguro”, documento divulgado, nesta sexta-feira, pela Frente em Defesa da Educação. O estudo, realizado por um grupo de pesquisadores federais, analisa o comportamento da Covid 19 nos municípios de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Diamantina, Uberaba e Uberlândia, com a finalidade de apontar diretrizes seguras para a contenção da pandemia no início de 2022 e subsidiar as discussões acerca do retorno às aulas presenciais.
O documento faz projeções das consequências da pandemia para essas cidades. Com relação a Juiz de Fora, por exemplo, são projetadas 501 novas internações até o fim de fevereiro, com 48 óbitos, sendo pelo menos 6 em menores de 18 anos, além de pelo menos 54 internações de pacientes menores de 18 anos.
Também esboça preocupação com a retomada das aulas presenciais no estado e com as condições físicas de salas de aula e prédios, colocando em risco a saúde de estudantes e docentes. “Como uma medida fundamental a não ser dispensada, deve-se manter a obrigatoriedade da disponibilidade de aulas online, assim como turmas reduzidas, uma vez que os protocolos atualmente utilizados são questionáveis à luz da literatura científica”.