O reitor eleito do IF Sudeste MG, André Diniz de Oliveira, convocou o Fórum Intersindical, composto pela APES, Sinasefe e Sintufejuf, na última quarta-feira, 10 de fevereiro. Foram discutidas a flexibilização das jornadas de trabalho dos técnicos administrativos, o teletrabalho, o Ensino Remoto Emergencial e a Portaria 983, que exige o mínimo de 14 horas em sala de aula (resultando em 17 horas aulas de 50 minutos) para Professores DE, não determinando limites. Também exige controle de frequência eletrônico para as atividades ligadas ao ensino. Além de propor a equivalência entre aulas na modalidade remota e presencial. Presentes à reunião, representando a APES, os docentes Jalon de Morais Vieira e Miguel Fabiano de Faria.Quanto à questão da flexibilização das jornadas de trabalho dos técnicos administrativos, André afirmou que reuniões com o Sintufejuf já estão sendo realizadas, para debater a questão. Se reuniu também com o reitor da UFJF, Marcus David, em busca de novas possibilidades e estratégias, levando em consideração as posições do Ministério Público e da Controladoria- Geral da União, além de visar certa aproximação entre o Instituto Federal e a Universidade. Ele entende que o debate precisa sensibilizar os setores da instituição, o colégio de dirigente, o conselho superior, e que um amplo debate será realizado sobre o tema, compreendendo a necessidade de se buscar uma relação adequada entre flexibilização e o teletrabalho.O reitor eleito afirma se preocupar com o Ensino Remoto Emergencial e entende a necessidade de ajustes nesse modelo. Foi solicitado ao Fórum que indicasse nomes ligados à APES, ao Sinasefe e ao Sintufejuf, que pudessem compor a Comissão C6, do projeto Reencontro, que discute o ERE. Pela APES foi indicado o professor Thales Costa Soares. Foi relatado ao reitor eleito a criação de um questionário, pela APES, no intuito de debater as condições de trabalho e de vida dos professores e professoras, durante o Ensino Remoto Emergencial.Portaria 983A portaria 983 foi editada em novembro de 2020, entrou em vigor em 1º de dezembro, do mesmo ano, tendo 180 dias para ser implementada nas instituições. Ela permite que os professores tenham uma carga horária extensa, sem limite máximo de horas aula. Estabelece, também, a necessidade do ponto eletrônico e permite a continuidade de um modelo de ensino remoto, naquilo que está relacionado às atividades dos profissionais. André discorda dessas diretrizes e entende a necessidade de buscar lutar para além dos sindicatos, com o Conif, Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, mas também com parlamentares, para impedir a implementação da portaria nas Instituições, já que pode gerar danos irreparáveis aos institutos.O professor Jalon Moraes, representante da APES na reunião entende que “essa portaria, pelo Ministério da Educação, estabelece um grande retrocesso nas condições de trabalho para a base, dos institutos federais, pois gera um desequilíbrio nas condições de trabalho, relacionadas ao ensino, à pesquisa, à extensão, às atividades de administração e representação, além de atacar a missão institucional dos IF. A oferta de uma educação fundada nas inter relações entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão”.A diretoria da Apes compreende que a suspensão da portaria 983 é o caminho para atacar a política do governo Bolsonaro de desconstrução da oferta de qualidade da educação profissional técnica e tecnológica no âmbito dos IFs. |