Manifestação contra Escola sem Partido em Juiz de Fora força retirada de projeto |
Os vereadores de Juiz de Fora tiveram, no início da noite de quinta feira, 14 de julho, uma demonstração inicial do descontentamento da sociedade frente à possibilidade de se implantar, em Juiz de Fora, as diretrizes educacionais do projeto Escola sem Partido. Centenas de manifestantes, entre estudantes, docentes, sindicalistas e representantes da sociedade, se posicionaram na frente do prédio da Câmara portando cartazes e palavras de ordem contra o que já ficou conhecido como a lei da mordaça. Após o início da seção ordinária da câmara, os manifestantes entraram no prédio e paralisaram a reunião, com muito barulho, pedindo a retirada do projeto. Como consequência da forte mobilização, o autor da proposta, vereador André Mariano retirou, na manhã dessa sexta feira, a proposta da tramitação na câmara, segundo informações do vereador Beto Cupollilo em rede social . No entanto, avisou que o manterá longe da pauta apenas por 90 dias.
Comissão debateu com autor da proposta Uma comissão retirada da manifestação reuniu-se, ainda na quinta feira, com o autor do projeto, vereador André Mariano, composta por representantes discentes e docentes. A comissão solicitou ao vereador a retirada de tramitação do projeto de lei, por se tratar de uma proposta inconstitucional que representa um prejuízo à democracia brasileira. O vereador afirmou que não retiraria o projeto de tramitação e disse que tem recebido denúncias sobre a educação no município. No entanto, não relatou o conteúdo das denúncias. A APES, representada pela diretora Amanda Chaves Pinheiro, reafirmou o direito a liberdade de expressão, de cátedra e de ensino docente, bem como a importância do diálogo e o debate na produção do saber. “A proposta é uma mordaça a educação, cerceando o debate sobre questões fundamentais para a vida e o exercício da cidadania plena, tão caro aos nossos preceitos democráticos, além de criminalizar e punir o docente no exercício de sua profissão. Nós da APES defendemos a educação crítica, reflexiva, laica, autônoma, plural e agente de transformação social”.
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