A despeito do aumento de casos de Covid 19 no país, da disseminação da contaminação e da ausência de vacina contra a doença, o Ministério da Educação acaba de lançar uma cartilha de Biossegurança para retorno das atividades presenciais nas Instituições Federais de Ensino.
Entre as diretrizes, estão medidas de manter portas e janelas abertas para ventilação do ambiente, lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70%. Para as instituições, o MEC recomenda que seja feita a aferição da temperatura de servidores, estudantes e colaboradores, na entrada da instituição e de salas e ambientes fechados, a disponibilização de termômetro, entre outras medidas. A cartilha também traz recomendações sobre como os estudantes devem utilizar o transporte público evitando o contato com as superfícies do veículo, como por exemplo, barras de apoio, catraca, leitores de bilhetes e cartões etc.
O lançamento foi criticado pelo presidente do ANDES-SN, professor Antonio Gonçalves, que apontou as diretrizes como distantes da realidade brasileira. No site do ANDES-SN, ele disse que, apesar de tecnicamente corretas, as orientações vão levar risco às instituições. “O retorno para as atividades presenciais é precoce e colocará a vida das pessoas em risco. O protocolo não aponta o que o governo fará para que essas medidas sejam cumpridas, então o documento é inócuo na perspectiva de ser deslocado da realidade e de não indicar a fonte de recursos para a efetivação das medidas propostas. O texto também aponta desconhecimento da realidade concreta das instituições, que não têm condições mínimas para um retorno seguro das atividades presenciais, e da realidade das pessoas. Um exemplo é a orientação de que as pessoas não devem tocar em corrimões no transporte público, porém devido à superlotação não há como evitar o contato”, criticou.