Em sua primeira entrevista após ser nomeado Ministro da Educação, Ricardo Velez Rodrigues afirmou ao Jornal Valor Econômico que “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica”. Segundo ele, o conceito de Universidade para Todos não existe. Na matéria, o ministro afirma ainda que pretende modificar a reforma do ensino médio, realizada por Temer, mantendo, no entanto, a ênfase no ensino técnico, que tem, segundo ele, retorno financeiro e de ingresso no mercado de trabalho mais rápidos.
“O ministro da educação mostra o desprezo e desrespeito pelo povo brasileiro. Dizer que o acesso à educação superior é para uma elite, subverte completamente o papel da educação, que deixa de ser inclusiva para ser exclusiva, reforçando e explicitando o caráter desigual da nossa sociedade. Só falta agora o ministro lançar o slogan Universidade para Poucos. Para piorar, o ministro ainda reforça a idéia da educação exclusivamente para formação de mão de obra em detrimento da formação de cidadãos, o que é parte necessária do processo em curso de destruição de direitos e de combate ideológico da atual crise capitalista e de implementação de políticas ultra liberais”, disse Augusto Cerqueira, da direção da APES. O ministro negou a proposta de cobrar mensalidades nas universidades, mas ressaltou, sem dar detalhes, que o orçamento deve ser equilibrado.
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