Trabalhadores e trabalhadoras, representantes de sindicatos e movimentos sociais estiveram, ontem, segunda-feira, no início da noite, nas ruas do centro de Juiz de Fora em defesa da democracia, contra a fome e contra qualquer anistia aos que tramaram golpes contra o estado de direito no Brasil. Em todo o país, multidões saíram às ruas em pronta reação aos atos terroristas na praça dos 3 poderes em Brasília.
Em Juiz de Fora, a manifestação se concentrou em frente à Câmara dos Municipal e teve início com os participantes adentrando a sede do legislativo para marcar a luta e deixar uma mensagem aos vereadores. Logo após, apesar da chuva intensa, saíram pelas ruas do centro com palavras de ordem defendendo a democracia e pregando a punição dos que tramaram e tentaram dar um golpe de estado no país.
“Diante do terrorismo da extrema direita, como vimos acontecer em Brasília no domingo, as organizações da luta popular sentiram necessidade de dar uma resposta rápida e decidida. Aqui em Juiz de Fora, a APES mais uma vez demonstra seu compromisso com a luta democrática. Disponibilizamos nossa sede para que as entidades da cidade pudessem organizar um ato público em defesa da democracia e contra a anistia para os criminosos do governo Bolsonaro. Mesmo com chuva intensa, estivemos no Parque Halfeld e na Câmara dos Vereadores, para marcar nossa posição, firmes na resistência contra as investidas da extrema direita contra os interesses da classe trabalhadora”, disse Leonardo Andrada, da direção da APES.
Em todo o país
O ANDES-SN participou de atos em defesa do Estado Democrático de Direito, no mesmo dia, em Brasília (DF). Na parte da manhã, a Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) fez uma manifestação em defesa da democracia. Já na parte da tarde, na capital federal, foi feita uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti, sede do poder executivo do Governo do Distrito Federal.
O protesto reforçou a luta do Sindicato Nacional pelo impeachment do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), acusado de ser conivente com os atos antidemocráticos do último domingo, por não ter garantido segurança e ordem no DF. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu afastar o governador do DF por 90 dias.
Milhares de manifestantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e mais 60 cidades organizaram atos pró-democracia aos gritos de “sem anistia”, em repúdio ao ataque golpista.