O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra de Minas Gerais, MST-MG, iniciou campanha de arrecadação denominada “Salve o Quilombo Campo Grande”. Ela tem por objetivo a reconstrução do acampamento, prezando pelas vidas de seus integrantes. As contribuições podem ser realizadas por depósito (dados abaixo) ou pelo site, disponível aqui.
Depósito
ASFAPSUL
CNPJ: 02.046.165/0001-20
BANCO DO BRASIL
AGÊNCIA 1721-3
CONTA 26500-4
No dia 13 de Agosto, o Quilombo Campo Grande, localizado no Sul de Minas Gerais, foi vítima de ação violenta da Polícia Militar do estado, que ateou fogo nas áreas do acampamento, além de terem destruído, com um trator, a Escola Popular Eduardo Galeano, que durante o período de isolamento, vinha funcionando remotamente, além de um barracão coletivo, despejado no dia anterior, que servia de abrigo para três famílias.
As ações policiais se estenderam. No início daquela tarde, bombas de gás lacrimogêneo foram dispersadas no local, fazendo com que as casas e plantações do acampamento fossem destruídas algumas horas depois.
Após pressão da sociedade, o governador Romeu Zema se manifestou em rede social, afirmando ter determinado que os policiais recuassem na ação. Entretanto, segundo o MST o pedido de suspensão foi encaminhado à comarca de Campo Gerais, que não aceitou o pedido. Cerca de 56 horas de resistência depois, catorze famílias foram despejadas, duas estão no abrigo da prefeitura e o restante acolhido pelo MST.
A confederação quilombola é composta por aproximadamente 450 famílias, há 23 anos, sendo referência no ramo da agroecologia na região, tendo produzido, no último ano, 8,5 mil sacas de café e 1100 hectares de lavouras produzidas sem a utilização de agrotóxicos. Hoje, além de desabrigados, a maior preocupação dos integrantes do acampamento é uma possível contaminação coletiva pela Covid-19.