Número de mortes por covid-19 triplica em Juiz de Fora

APES reafirma a defesa da vida e alerta: a pandemia não acabou!

Nas últimas semanas, o número de mortes e de infecções por Covid-19 tem aumentado consideravelmente em Juiz de Fora, de acordo com os boletins diários da Prefeitura Municipal. Entre 29 de junho e 5 de julho, foram registrados 810 casos confirmados da doença e 11 óbitos.

Entre 22 e 28 de junho, o número registrado foi de 753 infectados e 3 óbitos. Os índices de hospitalizações não são mais informados pelo Executivo após a desativação de leitos.

Na comparação com o mês de maio, o número de mortes quadruplicou. Conforme dados da PJF, em junho, o município registrou 17 mortes causadas por complicações da Covid-19. No mês atual, com dados publicados até esta terça-feira, 5 de julho, a cidade já registrou sete falecimentos – uma média de 1,4 mortes por dia.

Governador Valadares

Segundo dados da Plataforma JF Salvando Todos, da UFJF, o número de casos e de óbitos também vem aumentando na cidade de Governador Valadares.  Segundo informações do Boletim Informativo 57, “Nas últimas duas semanas, foram registrados 1426 novos casos e 5 novos óbitos. A taxa de letalidade é de 3,07% (acima da média brasileira, que é de 2,07%) e o tempo estimado para a duplicação dos casos é de aproximadamente 232 dias. ” 

UFJF

Na UFJF, os relatos recebidos pela APES dão conta de que o número de casos confirmados para Covid-19 está alto entre professores e estudantes, e de difícil controle. Poucos têm reportado sua situação aos canais institucionais, como o Busco Saúde.

Também em abril, o governo federal decretou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Covid-19. O decreto foi publicado em edição especial do Diário Oficial da União no dia 22 de abril, apenas 10 dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decidido manter a classificação da covid-19 como pandemia e declarado que a doença segue sendo uma “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”.

A decisão do governo de decretar o fim da pandemia retira do Estado a responsabilidade de garantir a vida da população brasileira. Para a comunidade acadêmica, a situação de insegurança e falta de condições sanitárias para trabalhar e estudar se amplia com o corte no orçamento das instituições. Na última semana, o governo efetivou um corte de 7% na Educação. Foram R$1,8 bilhões retirados da pasta, o que coloca as instituições no limite de possibilidade de funcionamento. O resultado é precarização, sobrecarga de trabalho e falta de segurança no trabalho e estudo presenciais. 

Resistência

 A APES segue em defesa da vida das comunidades da UFJF e do IF Sudeste MG e de toda a população, se posicionando contrariamente às medidas de flexibilização neste momento e reforçando a importância de manutenção das medidas de proteção contra a Covid-19. Assim, a entidade continua em campanha pela vacinação, pelo uso de máscaras e pelos cuidados em relação ao distanciamento.

A APES chama a atenção para o fato de que a pandemia não acabou e de que é importante manter os protocolos de segurança, com o objetivo de proteger a vida de todos, as condições de trabalho e a qualidade do ensino.