Um plebiscito popular, com a pergunta “Você concorda com o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na Educação Pública já?” será realizado entre os dias 6 de novembro e 6 de dezembro .
A consulta pública, um instrumento de diálogo com a classe trabalhadora, tem como objetivo sensibilizar a sociedade para a necessidade de aumentar imediatamente o os recursos destinados pelos governos à educação pública.
A atividade faz parte da campanha “10% do PIB para a Educação Pública, já!”. A data do plebiscito foi definida no último encontro da coordenação executiva da campanha, realizado no dia 24 de outubro, no Rio de Janeiro.
As urnas para coleta dos votos estarão espalhadas em todo o país em escolas, universidades, sindicatos, praças públicas, entre outros. A divulgação dos locais específicos será feita pelos comitês estaduais da campanha.
A próxima reunião da coordenação executiva da campanha acontece em São Paulo, dia 11 de novembro, às 14 horas, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de São Paulo (Adunesp) – Seção Sindical do ANDES-SN.
Na rede
Para ampliar o alcance do movimento pela aplicação imediata de 10% do PIB na educação pública, foram lançados no mês de setembro um abaixo-assinado e um blog na internet. A página com o manifesto da campanha pode ser acessada no endereço http://dezporcentoja.blogspot.com/.
Clique aqui para assinar a petição online.
Por que 10%?
No Brasil, 7ª potência econômica mundial, existem hoje 14 milhões de analfabetos, sendo que cerca de um quarto dos cidadãos não tem acesso nem a escolarização mínima.
Estudos apontam que, para começar a reverter a grave situação educacional à qual tem sido submetida a maioria da população brasileira, é necessário aplicar anualmente na Educação Pública, no mínimo, R$ 10 para cada R$ 100 da riqueza produzida no Brasil. Atualmente, o país investe apenas cerca de R$ 4 por R$ 100, patamar inferior ao destinado à educação em países como Argentina e Portugal.
Confira o investimento anual por pessoa em idade escolar em alguns países, de acordo com a Unesco:
Noruega: US$ 15.578
França: US$ 7.884
Portugal: US$ 5.592
Cuba: US$ 3.322
Botsuana: US$ 2.203
Argentina: US$ 1.578
Brasil: US$ 959