Como parte das ações de combate a Covid-19 pelas instituições públicas, o Instituto Federal de Barbacena já distribuiu mais de 4 mil máscaras à população da cidade. A ação tem financiamento público do próprio IF, para custear as bolsas de estudantes envolvidos e a aquisição de matéria-prima para confeccionar as máscaras. Parte do material também é recebido por doações de pessoas físicas e jurídicas da cidade. A produção já beneficiou profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, mas principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade. As máscaras são distribuídas em ações de conscientização realizadas principalmente em bairros com população de baixa renda.
De acordo com um dos coordenadores do projeto, professor Helder Antonio da Silva, a ação envolve professores, graduandas e técnicas-administrativas da instituição, responsáveis pela coordenação das ações, logística dos materiais, embalagem, higienização e distribuição das máscaras. “Em nossa equipe nós temos eu e mais um professor, duas técnicas administrativas, Bianca Alvim e Bianca Monteiro, e temos dois bolsistas estudantes da graduação no Instituto Federal”. Mas conta com a participação fundamental de 6 mulheres capacitadas pelo Programa Mulheres Mil, responsáveis pela confecção em si.
Segundo Helder, “o Programa Mulheres Mil nasceu em 2010 com a ideia de dar capacitação à mulheres que estão em situação de vulnerabilidade na cidade de Barbacena. É um programa que já vem atuando a alguns anos na formação dessas mulheres com capacitação em diversas áreas, como confecção de roupas, produção de alimentos e revenda desses produtos, para gerar uma pequena fonte de renda para a manutenção própria e da família”. Por medidas de segurança devido a pandemia do coronavírus, as mulheres estão produzindo as máscaras em suas próprias residências, e trabalham como voluntárias. “Como foram capacitadas pelo projeto, sentiram a necessidade de ajudar outras pessoas que também estão em situação de vulnerabilidade. É um programa muito interessante, um dos melhores programas na minha opinião em termos de extensão que nós temos aqui no Instituto Federal”, afirma o professor Helder.
Segundo o coordenador do projeto, a ideia é chegar até o final desse ano com pelo menos 8 mil máscaras distribuídas. “Vamos ver ainda como vai ser a demanda desse material e como nós vamos estar em termos de capacidade de produção, pois existe também a questão da manutenção das máquinas de costura das voluntárias”, afirma Helder.