A diretoria visitou o campus da UFJF em Governador Valadares, nesta quarta-feira, 29. A reunião tratou de diversos assuntos e contou com uma participação significativa dos professores. Além de outros assuntos, os professores foram esclarecidos em relação às alterações promovidas na carreira, originadas na Lei 12.863/2013.
Representação da APES
A importância da organização dos professores do novo campus foi ressaltada, inclusive iniciando uma lista de discussão on-line. A partir do contato realizado, a APES irá garantir o envio de materiais de divulgação, informativos e cartilhas do Sindicato.
Os professores também iniciaram a discussão sobre as possíveis formas de representação da categoria pela APES, para serem contemplados da melhor forma possível.
Estágio probatório e cursos do CIAPES
Os professores levantaram diversas problemáticas em relação ao estágio probatório e a tentativa da Pró Reitoria de Recursos Humanos de pressioná-los a participar dos cursos oferecidos pela Coordenação de Inovação Acadêmica e Pedagógica no Ensino Superior (CIAPES).
Sobre a CIAPES, os docentes consideraram que os cursos oferecidos deveriam ser mais voltados aos seus interesses, bem como da realidade local, visto que se difere da realidade de Juiz de Fora. Destacaram ainda que alguns cursos deveriam acontecer de forma presencial.
A diretoria da APES solicitou uma audiência com a Pró-RH para discutir a questão. O advogado da associação, Leonardo de Castro, ressaltou que estes cursos não podem ser obrigatórios, sendo a participação facultativa aos docentes. No entanto, a orientação dada é que continuem participando dos cursos, porque é considerado na avaliação do Estágio Probatório, até que a diretoria esclareça a questão da suposta obrigatoriedade com o Pró-RH.
Os professores também reivindicaram informações sobre seus processos às bancas de avaliação dos estágios, já que muitos passaram por mais de uma etapa, mas ainda não tiveram acesso às respectivas avaliações, alguns sequer sabem se as bancas foram montadas.
Condições de Trabalho
Várias são as demandas em relação às condições de trabalho no Campus, tais como melhoria nas salas de aula e laboratórios, que estão em condições insalubres.
Os técnicos administrativos (TA) iniciam o trabalho sem qualquer formação ou treinamento e não possuem autonomia. Assim, os professores entendem que uma equipe de TA do campus de Juiz de Fora deveria ir ao Campus de Governador Valadares, para treiná-los e dar o suporte nos procedimentos administrativos.
Outro exemplo da falta de condições de trabalho é o fato de até hoje o campus não dispor de uma linha telefônica e qualquer manutenção para as instalações, dependem de autorização obtida somente em Juiz de Fora. Por isso, os professores também requerem autonomia para que os TAs possam solucionar os problemas do cotidiano de forma mais eficiente.
Os professores reivindicaram a transformação do Campus em uma Unidade Organizacional, pois isso irá possibilitar a criação do cargo de Diretor do Campus. Eles acreditam que, assim, a resolução dos problemas enfrentados será mais fácil.