Em reunião nesta quarta-feira (14) com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o Fórum das Entidades dos SPF vai apresentar os seis eixos da pauta para negociação e a proposta de reajuste emergencial para os servidores ainda neste ano, que recupere a corrosão inflacionária mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) do último período.
Esse acordo foi definido na tarde dessa terça-feira (13), em Brasília, em reunião do Fórum das Entidades Federais, que contou com a participação do 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, e do 1º vice-presidente da Regional Nordesde II, Josevaldo Cunha.
A definição do índice é o desdobramento de um dos eixos da Campanha Salarial dos SPF 2012 que trata da política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações.
“Não abrimos mão das negociações específicas, mas é inadmissível que não haja a reposição das perdas inflacionárias”, afirmou o 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, ao defender, na reunião, que o Fórum apresentasse uma proposta de reajuste.
Estudo
Em reunião realizada semana passada com o novo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, ficou acertado que o Fórum dos SPF apresentaria uma proposta com as linhas gerais de um plano de carreira. A partir dessa demanda, a subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da Condesef elaborou um estudo sobre a situação atual das carreiras no serviço público.
Apresentado na reunião dessa terça-feira (13), o estudo mostrou a existência de distorções graves, como a grande amplitude salarial e o número excessivo de gratificações. Também foi constatado que nos últimos anos foi criado um grande número de carreiras e tabeças. O estudo vai servir de base para que o Fórum apresente uma proposta de plano de carreira que corrija essas e outras distorções.
Depois da reunião com Sérgio Mendonça, o Fórum vai voltar a se reunir para avaliar o encontro e, também, para deliberar sobre a organização da Marcha Nacional a Brasília, no dia 28 de março. “Temos de mostrar ao governo a nossa indignação com a demora no início efetivo das negociações”, afirmou Josevaldo Cunha.