APES defende a vacinação para todos e reafirma importância das instituições públicas de saúde, de pesquisa e de educação
A primeira pessoa vacinada em Juiz de Fora foi a técnica de enfermagem do Hospital Universitário da UFJF Denise Rocha de Freitas. Ela recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na manhã de hoje, 20 de janeiro, no HU. Servidora do Hospital há 12 anos, Denise trabalha diretamente com pacientes contaminados pelo coronavírus.
As primeiras doses da vacina contra a Covid-19 chegaram na cidade ontem, de avião vindo de Belo Horizonte, e foram entregues à Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora. Segundo informações da mídia local, a partir de hoje, parte da carga será distribuída para outras 36 cidades que formam a Regional. A carga total estimada, incluindo as cerca de 15 mil doses para Juiz de Fora, é de 33,8 mil unidades.
A previsão da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora é vacinar, neste primeiro momento, profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.
A primeira vacina que chega à cidade, como em todo o país, é a Coronavac, concebida, desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em associação com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech. A Coronavac teve autorização da Anvisa no último domingo, que também permitiu o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. Entretanto, estas ainda não estão disponíveis, pois a negociação do governo brasileiro com o governo indiano fracassou e as vacinas continuam na Índia.
A presidente da APES, professora Marina Barbosa, afirma que, “o início da vacinação no país, e também em nossa cidade e na região, é a vitória da ciência numa disputa que colocou o Brasil num quadro dramático de um genocídio oficial de política de governo. Nesse momento em que parte da nossa esperança se renova, com a certeza de que temos que seguir lutando para que haja vacina para todo mundo nesse país, de modo que possamos enfrentar essa pandemia na totalidade do que a ciência nos ensina e nos oferece, é muito importante que a gente reafirme aqui a defesa incondicional dos serviços públicos. Porque são dessas pesquisa públicas, das instituições públicas, dos serviços públicos, do sistema de saúde público, que vem a real possibilidade de enfrentar a pandemia. Seguiremos defendendo o caráter público das nossas instituições de saúde e de educação. E da ciência pública, que esteja à serviço, de fato, de resolver os problemas da humanidade e da população brasileira.”